Pandemia pela Covid-19 faz país ter maior abstenção nas urnas desde 1996
Com pouco mais de 87% das urnas apuradas, o número de brasileiros que não votaram atingiu 23,48%
atualizado
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Enfrentando a pandemia da Covid-19, o Brasil registrou, nas eleições desse domingo (15/11), a maior abstenção de eleitores desde 1996. Segundo dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral, com pouco mais de 87% das urnas apuradas, o número de brasileiros que não votaram no primeiro turno atingiu 23,48%, acima do percentual de 18,3% registrado em 1996.
O valor representa pouco mais de 31 milhões de eleitores. Em 2016, 17,58% não compareceram, o equivalente a 25,3 milhões de eleitores. Na eleição mais recente, a presidencial de 2018, a abstenção no primeiro turno ficou em 20,33%.
O crescimento da taxa já era aguardado por conta das limitações causadas pela pandemia de Covid-19. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, chegou a afirmar que era esperado até 30% de abstenção.
Os números se refletiram em todas as capitais do país, que contabilizaram crescimento em comparação com 2016. No Rio de Janeiro, por exemplo, a abstenção atingiu quase 33% do eleitorado da cidade. Em São Paulo, o percentual passou de 21,8% para 29,2%.