Pandemia intensificou a desigualdade social no Brasil, aponta FGV

A pandemia de Covid-19 intensificou a desigualdade social no Brasil em 2020, aponta um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Social e divulgado nesta segunda-feira (13/2). Os rendimentos da população de classe média, aproximadamente metade dos brasileiros, tiveram uma queda de 4,2% contra uma redução de 1,5% da classe alta do país.

O estudo coordenado pelo economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, combinou dados da renda dos brasileiros, analisada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com as informações da renda apanhadas pelo Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF)

Com as informações reunidas e a utilização do índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda, o estudo determinou que a média da desigualdade no país atingiu o percentual de 0,7 em 2020.

Quanto maior o índice de Gini, mais alta é a desigualdade social do país.

Onde vivem os mais ricos

O estudo também apontou o local onde reside a população mais rica do país. Com uma renda média da população de R$ 23,2 mil o Lago Sul foi “eleito” o bairro mais rico do Brasil. Com base na análise do Imposto de Renda, os moradores dessa região possuem um ganho médio de R$ 39,5 mil.

Em relação aos rendimentos declarados divididos pelo total da população, Florianópolis (SC) aparece em primeiro lugar entre as capitais com R$ 4,2 mil mensais, seguida por Vitória (ES) – R$ 3,7 mil.

O estado com menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão, com R$ 6,3 mil. Por outro lado, o Distrito Federal se destaca com a população com um patrimônio de R$ 95
mil.

Confira a lista das cidades mais ricas do Brasil:

• Nova Lima – MG;
• Santana de Parnaíba – SP;
• São Caetano do Sul – SP;
• Florianópolis – SC;
• Niterói – RJ.

Confira a lista das cidades mais pobres do Brasil:

• Ipixuna do Pará – PA;
• Viseu – PA;
• Granja – CE;
• Buíque – PE;
• Vargem Grande – MA.