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Palmares vai propor que Dia da Consciência Negra seja feriado nacional

“Há uma ideia que, ainda neste ano, o dia 20 [de novembro] se torne feriado nacional”, diz o presidente da Fundação Palmares, João Rodrigues

atualizado

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Fernando Frazão/Agência Brasil
Imagem colorida de mulher negra em frente do monumento do Zumbi dos Palmares - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mulher negra em frente do monumento do Zumbi dos Palmares - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Fundação Cultural Palmares vai propor que o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20/11) em algumas unidades federativas do país, torne-se feriado nacional. A informação é do presidente da instituição, João Jorge Rodrigues.

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Rodrigues disse que a Fundação Palmares pretende fazer um “pré-plano para a realização de um feriado nacional em 20 de novembro”.

“Há uma ideia que, ainda neste ano, o dia 20 [de novembro] se torne um feriado nacional”, afirmou Rodrigues.

Mesmo sendo instituído pela Lei Federal nº 12.519, de 2011, o Dia da Consciência Negra não é considerado feriado nacional. A proposta deixa a cargo dos governos estaduais e municipais o reconhecimento da data.

Atualmente, a data é comemorada nos estados de: Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e em cerca de 1.260 municípios — número que corresponde a 29% das cidades do país. Ou seja: o Dia da Consciência Negra é feriado em menos de ⅓ dos municípios brasileiros.

Recentemente, em 19 de setembro, o governo de São Paulo sancionou lei que instituiu 20 de novembro como o Dia Estadual da Consciência Negra, que passa a ser feriado estadual.

Quilombo dos Palmares

Rodrigues também informou que o plano principal da instituição para o mês da Consciência Negra é trabalhar em ações em 20 de novembro na Serra da Barriga, região onde fica localizado o Quilombo dos Palmares, em Alagoas.

De acordo com o presidente da Palmares, as visitas aos quilombolas devem ocorrer com a presença dos ministros dos Direitos Humanos (Silvio Almeida), da Igualdade Racial (Anielle Franco) e da Cultura (Margareth Menezes). Ele disse que o objetivo é conversar com a comunidade quilombola e especialistas que tratam desse assunto no Brasil.

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Ministra da Cultura, Margareth Menezes
João Jorge Rodrigues é presidente da Fundação Cultural Palmares
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Silvio Almeida é alvo de inquérito no STF

Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Ministra da Cultura, Margareth Menezes

Hugo Barreto/ Metrópoles
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João Jorge Rodrigues é presidente da Fundação Cultural Palmares

Reprodução/Assessoria

Dia da Consciência Negra no Brasil

Considerado um marco importante no combate ao racismo, a data escolhida para o Dia da Consciência Negra faz referência à morte do maior líder quilombola da América Latina, Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1965.

Imagem colorida do rosto do monumento do Zumbi dos Palmares - Metrópoles
Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro

O dia 20 também celebra o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares. Zumbi foi resposável por liderar a resistência de milhares de negros contra a escravidão, no Quilombo dos Palmares, .

A data abrange questões sobre racismo, discriminação, igualdade social e inclusão. com promoção de fóruns, debates e outras atividades de valorização da cultura afro-brasileira.

“Dia da vitimização do negro”

Conhecido por dar declarações polêmicas e ser um dos representantes mais polêmicos do governo de Jair Bolsonaro (PL), o jornalista Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, ironizou o Dia da Consciência Negra.

sergio camargo fundação palmares em uma multidão. Todos estão de costar com exceção dele, que está de terno e gravata
Sérgio Camargo

Em novembro de 2021, Camargo usou as redes sociais para fazer críticas à data. Em uma das postagens, ele sugeriu a mudança do nome do feriado para “Dia da vitimização do negro”.

Confira as outras “sugestões” na publicação do ex-gestor:

  • “Dia da mente negra escravizada pela esquerda”
  • “Dia do culto ao ressentimento pelo passado”
  • “Dia de luta pela divisão racial do povo”

Vale ressaltar que as postagens do ex-presidente da Palmares foram excluídas das redes sociais. Camargo também enfrenta diversos processos de assédio moral, discriminação contra religiões e lideranças religiosas africanas, além de supostas manifestações indevidas em postagens no X (antigo Twitter).

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