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Palmares: MPF investiga fala de Sérgio Camargo sobre “escória maldita”

Gravado, presidente da Fundação Palmares atacou o movimento negro, Zumbi e mãe de santo, chamada de “macumbeira”. MPF mandou abrir inquérito

atualizado

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Com o objetivo de apurar possível crime de racismo praticado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, o Ministério Público Federal (MPF) requisitou, nesta sexta-feira (05/06), a abertura de inquérito policial.

Na terça-feira (02/06), foram divulgados áudios em que Camargo fala sobre “escória maldita”, em uma referência ao movimento negro. O presidente da Fundação Palmares também disse que o movimento negro abriga “vagabundos” e chamou Zumbi de “filho da puta que escravizava pretos”.

Durante os áudios, o presidente da Fundação Palmares manifestou desprezo pela agenda da “Consciência Negra” e se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira”.

Peterson de Paula Pereira, o procurador responsável pelo caso, solicitou que a PF apure a veracidade dos relatos, lançando mão inclusive de oitiva de todos os envolvidos.

A polícia também deverá realizar prova pericial a fim de confirmar a autenticidade dos áudios. A PF tem 30 dias para encaminhar ao MPF a portaria inaugural do inquérito, e 90 dias (prorrogáveis) para conduzir as investigações.

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Ministério Público Federal (MPF)
Sérgio Camargo. presidente da Fundação Palmares
Sérgio Camargo, desde que foi lançado por Jair Bolsonaro ao cargo de presidente da Fundação Palmares, teve desentendimentos com o movimento negro
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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo

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Ministério Público Federal (MPF)

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Sérgio Camargo. presidente da Fundação Palmares

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Sérgio Camargo, desde que foi lançado por Jair Bolsonaro ao cargo de presidente da Fundação Palmares, teve desentendimentos com o movimento negro

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Outra investigação

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) também encaminhou um ofício para o MPF, nessa quinta-feira (04/06),  solicitando possível abertura de investigação contra Sérgio Camargo não somente por racismo, mas também por improbidade administrativa.

De acordo com o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, a conduta de Sérgio Camargo, divulgada no áudio revelado pela imprensa, demonstra “possível desvio de poder”, ao chamar o movimento negro de “escória maldita” e prometer exonerar servidores que divergirem do seu padrão ideológico.

A representação foi distribuída para o 2º ofício de Cidadania, Seguridade e Educação na manhã desta sexta-feira (5), e está em análise pelo procurador titular do gabinete.

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