“Palhaçada”, diz Salles sobre ação que o tornou réu na área ambiental

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se tornou réu por supostamente facilitar a exploração ilegal de madeira no Amazonas, quando ocupava o cargo de ministro do Meio Ambiente na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ao Metrópoles Entrevista, nesta terça-feira (29/8), o político classificou a denúncia contra ele como “palhaçada, “ridícula” e “ideológica”.

“A denúncia é ridícula, é uma palhaçada. Meia dúzia de petistas assinando lá como se fosse uma coisa técnica, há uma carga ideológica para atingir os políticos de direita. Há uma conotação política evidente naquela denúncia, ela contraria inclusive as próprias conclusões da PF [Polícia Federal]”, afirmou Salles.

Ricardo Salles vira réu em ação que apura exportação ilegal de madeira

O ex-ministro do Meio Ambiente é alvo de uma ação da Polícia Federal que apura supostos crimes de Salles, como corrupção passiva, advocacia administrativa e prevaricação. O ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Eduardo Bim também está no centro da investigação.

Ricardo Salles destacou que não possui nenhum tipo de relação com o comércio ilegal de madeira e que a primeira vez que visitou a Amazônia foi quando assumiu o Ministério do Meio Ambiente, em 2019.

“O Judiciário terá a oportunidade de se debruçar sobre os fatos e constatar que não tenho nada a ver com comércio de madeira na Amazônia. Fui para lá a primeira vez eu já era ministro”, ressaltou o deputado federal.

Salles deixou o Ministério do Meio Ambiente em meio às investigações do possível favorecimento do setor madeireiro, em junho de 2021.

Ao Metrópoles, o deputado federal salientou que durante a sua gestão tentou desburocratizar o Ministério do Meio Ambiente e que a desregulamentação do serviço ambiental deveria ser enaltecida.

“Ter parecer para você fazer desregulamentação é algo natural e deveria ser enaltecido”, disse Ricardo Salles.

Confira a entrevista no YouTube do Metrópoles: