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Pais de vítima de atirador de GO questionam bullying como motivo

Família de João Pedro Calembo, 13 anos, morto no ataque, afirmou que não foi ouvida pela Polícia Civil durante investigações sobre o caso

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Tragedia Goyases – Goiania – Enterro de Joao Pedro
1 de 1 Tragedia Goyases – Goiania – Enterro de Joao Pedro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Os pais do estudante João Pedro Calembo, de 14 anos, morto no ataque a tiros no Colégio Goyases, em Goiânia, na última sexta-feira (20/10), reclamaram que não foram procurados pela Polícia Civil durante as investigações do tiroteio. Em entrevista exibida pelo Fantástico neste domingo (22), a família questionou a versão divulgada pelas autoridades de que o crime teria sido motivado por bullying cometido pelos colegas de classe.

“Se o delegado sempre deu essa justificativa do bullying, por que ele não procurou saber da nossa parte? A escola teria que comprovar que nosso filho realmente estaria fazendo isso”, afirmou Leonardo Calembo. Segundo Calembo, a família nunca foi procurada pela escola sobre episódios envolvendo João Pedro e o atirador.

Bárbara Melo, mãe do jovem morto, questionou a versão de que as provocações entre os alunos teria motivado o ataque, inspirado, segundo autoridades, nos atentados de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro. “As pessoas estão se debatendo como se o bullying fosse uma justificativa para matar uma pessoa. E ele não é, senão mais e mais pessoas vão morrer”, disse.

Os pais afirmaram terem perdoado o atirador. “O único sentimento que nós temos é de tristeza pelos pais deles e por ele. Nosso filho foi morar com Jesus, mas qual será a vida desse menino? Não desejamos nada de mal para ele”, comentou Bárbara.

Em uma homenagem publicada em seu perfil nas redes sociais neste sábado (21), a mãe de João Pedro pediu respeito ao luto da família. “Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido”, escreveu Bárbara. A mãe questionou ainda a versão de que seu filho teria sido morto após praticar bullying contra o colega de classe de 14 anos que realizou o ataque. “Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos”, afirmou.

A vida e suas reticências… não vou reclamar meu Papai do Céu… Apenas aceitarei seus propósitos. Não entendo, nunca vou entender. Não quero buscar explicações. O Senhor apenas me emprestou o João Pedro pelos melhores 13 anos da minha vida. Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que vc tem lido. Nós é a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos. Respeitem nosso luto, somos humanos, falhos, gente que tenta acertar todos dias. Meu príncipe foi morar num lugar onde não há choro, tristeza ou dor. Nosso filho querido, amado, responsável por natureza…. Amamos vc eternamente! Estou despedaçada, mas o Senhor, no tempo dEle, me restaurará.

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Motivo
Em coletiva de imprensa realizada na sexta (20), o delegado titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depae), Luiz Gonzaga Júnior, informou que o objetivo do atirador, segundo o próprio rapaz, era matar um estudante que praticava bullying contra ele. O colega seria João Pedro, o primeiro a ser morto. Em seguida, segundo Gonzaga Júnior, o adolescente teria continuado os disparos de forma aleatória e afirmado: “Vocês todos vão morrer”.

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Seis adolescentes foram baleados: dois morreram na hora e quatro precisaram ser levados para hospitais da cidade
A população custava a acreditar no que havia ocorrido
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Seis adolescentes foram baleados: dois morreram na hora e quatro precisaram ser levados para hospitais da cidade

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A população custava a acreditar no que havia ocorrido

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O agressor teria sido alvo de bullying de colegas

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