Pais de menina morta em brincadeira alertam: “Não brinquem disso”
Emanuele Medeiros, de 16 anos, bateu a cabeça no chão durante uma “brincadeira” conhecida como “roleta-russa humana”
atualizado
Compartilhar notícia
Os pais da adolescente Emanuele Medeiros, de 16 anos, morta no final do ano passado após bater a cabeça no chão durante uma “brincadeira” na escola, alertaram as crianças a não brincarem do “desafio da rasteira“.
“Pedimos aos adolescentes que não participem dessa brincadeira, não brinquem disso. Isso pode matar”, disseram Manoel da Costa e Maria Rita, em entrevista no portal G1.
Os pais da menina contaram que sentem muita saudade de Emanuele. “Ela me ajudava muito. O coração tá apertado, muita tristeza”, desabafou a mãe.
A filha do casal morreu em uma “brincadeira” conhecida como roleta-russa humana, em que duas pessoas ajudam uma terceira a dar uma cambalhota. Ela bateu a cabeça no chão e sofreu traumatismo craniano.
Nas últimas semanas, uma outra “brincadeira” batizada de “desafio da rasteira” viralizou nas redes sociais. Nesta, duas pessoas derrubam uma terceira, que acaba caindo de costas no chão.
A disseminação de vídeos promovendo essas “brincadeiras” levou a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) a emitir um comunicado de utilidade pública.
A entidade médica avisa que a brincadeira pode provocar “lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo, além de danos à coluna vertebral”.
Os profissionais da área reforçam que os tombos do “desafio” podem causar problemas para o desempenho cognitivo, fraturas nas vértebras, prejuízos para os movimentos do corpo e, em casos mais graves, até óbitos.