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Pais de Beatriz dizem que motivação de bárbaro crime “não convence”

Beatriz Angélica, de 7 anos, foi assassinada em Pernambuco, em 2015, com 42 facadas. Polícia identificou autor do crime após 6 anos

atualizado

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Reprodução/TV Globo
Beatriz Angélica - Caso ocorreu em 2015, em Petrolina, Pernambuco
1 de 1 Beatriz Angélica - Caso ocorreu em 2015, em Petrolina, Pernambuco - Foto: Reprodução/TV Globo

A família da menina Beatriz Angélica, de 7 anos, assassinada em Pernambuco em 2015, ainda busca explicações sobre o crime. Na terça-feira (11/1), a Polícia Civil do estado identificou o autor do crime, um homem de 40 anos de idade.

Na tarde de quarta-feira (12/1), a Secretaria de Defesa Social (SDS) da região fez uma coletiva de imprensa para dar mais informações sobre o crime. O suspeito, identificado como Marcelo da Silva, já estava preso por outros dois crimes.

O assassinato de Beatriz ocorreu na escola em que a irmã da menina estudava, durante uma cerimônia de formatura. A criança estava com os pais e se afastou para pegar água. Depois, foi encontrada morta em um depósito do prédio.

À SDS, o criminoso afirmou ter entrado na escola para pedir dinheiro e matado a criança depois que ela se desesperou ao ver a faca que ele levava consigo. Marcelo desferiu diversas facadas contra Beatriz.

Em entrevista à TV Globo, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, afirmou que ainda tem dúvidas sobre a dinâmica do crime.

“O resultado da perícia é muito importante para ajudar na solução do inquérito, mas outras perícias precisam ser realizadas. Essa coletiva nos trouxe mais dúvidas do que certeza. Acho que a polícia precisa investigar mais, apresentar outros elementos para se confirmar a autoria do crime”, afirmou.

Segundo ela, a motivação apontada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) “não convence”.

A prova científica do DNA é importante. Tem uma relevância muito grande, isso é ciência, não se contesta. O máximo que se faz é repetir para ter opiniões de outros especialistas”, disse.

O pai da criança, Sandro Romilton, era professor da escola onde o crime ocorreu. Ele também tem diversos questionamentos sobre como o assassino entrou na instituição de ensino.

“As pessoas que nos acompanharam sempre nos questionavam: e as chaves, e o acesso do suspeito? Por onde ele entrou, com quem ele falou, ele já conhecia o ambiente interno da escola? E os acessos, como ele saiu? Teve ajuda de alguma pessoa? Tem muitas perguntas que não foram respondidas”, pontuou.

Investigações

Policiais usaram material genético deixado no cabo da faca utilizada no crime. Por meio do DNA, a perícia comparou os resíduos com o perfil do criminoso, já que sua identidade faz parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos.

Desde o assassinato, foram realizadas sete perícias e colhidos 442 depoimentos. Além disso, as autoridades policiais analisaram 900 horas de imagens.

O crime ocorreu em 10 de dezembro de 2015, quando Beatriz participava da formatura da irmã, no colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. A menina estava com os pais e se afastou para beber água. Depois, não foi mais vista.

Em dezembro de 2021, familiares da menina realizaram um ato de 23 dias, pedindo justiça pela vida da criança. Eles percorreram, a pé, mais de 700 quilômetros entre Petrolina e Recife.

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