Painel instalado por sindicato contra Bolsonaro na UFRJ gera polêmica
Vídeo que circula nas redes sociais mostra frases como “Bolsonaro é Genocida”; “genocídio é um extermínio deliberado” e “fora, Bolsonaro”
atualizado
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Rio de Janeiro – A instalação de um painel de lead em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nessa sexta-feira (9/4) gerou polêmica, na Urca, zona sul do Rio, onde funciona a Escola de Comunicação.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o equipamento trazia dizeres como “a morte é o projeto”; “Bolsonaro é genocida”; “genocídio é extermínio deliberado”; “fora, Bolsonaro”, “queremos vacina no braço e comida no prato”, lembrando ainda as mais de 345 mil mortes pela Covid-19, além da sigla do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj).
Veja o vídeo:
Em nota, a universidade esclareceu que “a Reitoria da UFRJ e a Prefeitura Universitária informam que a colocação de painel de LED no campus Praia Vermelha é de responsabilidade exclusiva do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), não sendo, portanto, comunicação oficial da Universidade”. No muro do Instituto Philippe Pinel, próximo ao campus, foi escrita a palavra genocida.
Em outro trecho, a universidade criticou o protesto. “Consideramos inadequada a instalação do painel no referido campus, principalmente durante a pandemia. Reiteramos que, durante o pior momento da maior crise sanitária deste século, apenas as atividades essenciais devem ocorrer de forma presencial”.
O documento destacou ainda que “nosso compromisso é com o Brasil. Ainda que não compactuemos com atitudes equivocadas no combate à Covid-19, que tem ceifado milhares de vidas diariamente no país, precisamos ratificar nosso compromisso irrestrito com os princípios que regem a administração pública”.
Testemunhas chegaram a informar que houve confusão para a retirada do painel, mas em nota a Polícia Militar do Rio alegou que não procede a informação de que o 2ºBPM (Botafogo) foi acionado. Procurados, os representantes do Sindicato não foram localizados. O Palácio do Planalto também não se pronunciou.