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Filho conta que pai morreu em ciclone no RS ao tentar salvar cachorro

Evandro Bertoldi, de 68 anos, adorava animais. O morador de Muçum morreu durante tempestade formada pelo ciclone que atinge a região

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra Evandro Bertoldi morreu durante ciclone em Muçum (RS) ao tentar salvar cachorro - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

Os governos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina confirmaram 42 mortes por causa do ciclone que atinge a região desde o início da semana. Diversos nomes das vítimas começam a ser confirmados. Um deles foi de Evandro Bertoldi, de 68 anos. De acordo com o filho dele, Leandro, o pai morreu ao tentar resgatar um cachorro da enchente que atingiu a cidade de Muçum.

Leandro foi até o Departamento Médico Legal de Porto Alegre para identificar o corpo. Ele conta que estava em Roca Sales, vizinha de Muçum, para apoiar familiares e partir de segunda (4/9) para terça-feira (5/9) não conseguiu mais contato com o pai.

“Fiquei sabendo por populares que ele estava na casa do vizinho e viu um cachorrinho, se afogando. Como ele gosta de animais, foi tentar socorrer o cachorro e não voltou”, afirmou ao G1. Ao chegar à cidade, um vizinho informou a Leandro que o pai tinha morrido.

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Postes foram atingidos após passagem de ciclone em Xanxerê (SC)
Cerca de 60 casas foram destelhadas devido às fortes rajadas de vento em Campo Novo
O ciclone provocou fortes chuvas e rajadas de vento em Campo Novo
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Ciclone levou cobertura de posto em Dois Irmãos (PR)

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O ciclone provocou fortes chuvas e rajadas de vento em Campo Novo

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Leandro contou do desespero e da tristeza que tomou conta da família. Primeiro, ao chegar ao hospital, onde o corpo do pai estava. “Cheguei lá e estava encostada a carreta para carregar os corpos”, lembra. “Não desejo para ninguém. Tenho uma irmã, a Gabriela. Ela está em pânico. Só sobramos eu e ela”, aponta.

A filha de Leandro também está inconsolável porque tinha marcado com o avó de acompanharem uma cavalgada. “A minha filha só chora. Ela tinha combinado com o meu pai. Ia chegar uma cavalgada lá no município, e ele ia lá ver com ela”, conta.

Mortes por causa do ciclone

De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 25 pessoas ainda estão desaparecidas. A cidade de Muçum é a que mais registrou óbitos: foram 15, no total. Em segundo lugar, está o município de Roca Sales, com 10 mortes.

Veja a lista de óbitos por município no Rio Grande do Sul:

Óbitos: 41

  • Cruzeiro do Sul: 4
  • Encantado: 1
  • Estrela: 2
  • Ibiraiaras: 2
  • Imigrante: 1
  • Lajeado: 3
  • Mato Castelhano: 1
  • Muçum: 15
  • Passo Fundo: 1
  • Roca Sales: 10
  • Santa Tereza: 1

Desaparecidos: 25

  • Arroio do Meio: 8
  • Lajeado: 8
  • Muçum: 9

Pessoas resgatadas: 3.037

Municípios afetados: 83

Desabrigados: 2.944

Desalojados: 7.607

Afetados: 122.992

Feridos: 43

Dos 15 mortos confirmadas em Muçum, 13 tiveram o nome confirmado. Veja:

  • Sebastião Nunes de Oliveira (60);
  • Claire Bonatto (87);
  • Vagner Lourenzi (43) e seu pai Danilo Lourenzi (71);
  • Macximiliano Ricardo Pietta (46) e seu pai Álvaro Pietta (75);
  • Zilda Bonatto Amaral (91);
  • Hedy Cattaneo (87);
  • Evandro Bertoldi (67);
  • Genecilde de Freitas (52);
  • Leonardo Menegildo (43);
  • Sueli Baldo Pereira (84);
  • Leda Ana Spessatto (65)

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