Pai é preso suspeito de asfixiar e esfaquear filho de 2 anos
A criança, que completaria 3 anos no fim do mês, foi encontrada com lesões no peito e com um saco plástico na cabeça
atualizado
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A Polícia Militar foi acionada, às 3h da manhã desta quinta-feira (03/12), após um menino de 2 anos ser encontrado. O caso aconteceu na casa em que o garoto morava com o pai e o avô, em Garibaldi (RS). A perícia apontou que a criança foi asfixiada e depois, quando já estava morta, levou três golpes de faca. O suspeito é o pai do menino. As informações são do Uol.
A investigação aponta que o homem, de 39 anos, teve um surto psicótico pouco antes de o corpo do filho ser encontrado por vizinhos. Ele acabou detido como principal suspeito do crime.
A polícia ainda informa que o suspeito não falava coisa com coisa e estava nu perambulando pela rua Ângelo Breda. A corporação foi até o local junto com uma equipe do Corpo de Bombeiros e ambos constataram a veracidade da denúncia.
O crime
A PC ainda afirma que o homem foi socorrido e levado para o Posto de Atendimento Médico (PAM) de Garibaldi. Ao chegar ao posto de emergência, a brigada informou que recebeu outro chamado dizendo que, no local onde o homem morava, foi encontrada uma criança morta, o filho do suspeito.
De acordo com Deise Salton Brancher Ruschel, delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Bento Gonçalves, a criança, que completaria 3 anos no fim do mês, foi encontrada com lesões no peito e com um saco plástico na cabeça.
“Segundo a perícia, o que me foi passado preliminarmente, a causa da morte foi asfixia mecânica, por sufocação e esganadura. E ele levou três facadas, que atravessaram o abdômen. Mas estas facadas ele recebeu já em óbito”, afirmou a delegada.
A delegada disse ainda que o homem será indiciado por homicídio qualificado e majorado pelo fato da vítima ser menor de 14 anos. “Nós procedemos todas as diligências cabíveis naquele momento, portanto, acionamos a perícia, tomamos todos os depoimentos das pessoas que tinham alguma informação relevante sobre o caso. E eu compreendi que havia elementos suficientes para autuar em flagrante o pai da criança”, explicou.
O depoimento
A corporação também afirmou que durante o depoimento, o pai da criança optou por permanecer em silêncio. A delegada relata ainda que ele não aparentava estar nervoso, “mas também não estava num estado de ânimo tranquilo porque, afinal de contas, ele estava sendo preso por praticar homicídio contra o seu filho”, disse a delegada.
O avô
Também morador da residência, o avô da criança, havia viajado para uma cidade de praia e não estava na casa no momento do crime.
A polícia afirmou ainda que não tem informações sobre o relacionamento do suspeito com a mãe da criança, mas destacou que as testemunhas afirmaram que o homem tinha um comportamento bem tranquilo.
“Ele não tem antecedentes criminais específicos em crimes contra a vida, contra a integridade física e, inclusive, as testemunhas mencionam que ele é uma pessoa bastante tranquila, amorosa com o filho. Ele tinha um antecedente bastante antigo, um crime contra patrimônio, algo que, para análise deste caso, eu entendo como irrelevante. O relacionamento com a vizinhança, com a família era bastante harmônico”, ressaltou a delegada.
O suspeito foi levado para a prisão de Garibaldi, onde aguardará a Justiça decidir se será mantido detido até a conclusão do inquérito policial.