Pai é preso por anunciar venda de filho em site comercial
O pai, Abimael Moreira Caldeira Costa, e a mulher, Fiama Aparecida, foram presos em flagrante nesta terça-feira (29/3), em Ibirité (MG). Abimael afirmou que tratava-se de uma brincadeira
atualizado
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Um homem foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais sob suspeita de anunciar o filho de 10 dias em um site de classificados na internet. A postagem, feita na cidade de Contagem (MG), foi realizada na segunda-feira (28/3), no portal OLX: “Vendo lindo bebê com 10 dias de vida, homem lindo, com saúde total e comprovada. Ótimo investimento. Valor à combinar”.
O pai, Abimael Moreira Caldeira Costa, e a mulher, Fiama Aparecida, de 23 anos, foram presos em flagrante nesta terça-feira (29), em Ibirité, também na Grande Belo Horizonte. Depois de ouvida, Fiama foi liberada, mas segue sob investigação O pai admitiu ter feito o anúncio e disse que se tratava de uma brincadeira.
A postagem no site de classificados apresentava fotos do bebê. As investigações da Polícia Civil começaram após denúncias que chegaram à delegacia em Contagem. Os agentes encontraram o casal em Ibirité, com o bebê e outros dois filhos, uma menina de 4 anos e um menino de 2 anos. Segundo a polícia, não havia sinais de maus-tratos. Os três foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito e, em seguida, foram entregues ao Conselho Tutelar do bairro Petrolândia, em Contagem.
Fuga
Como foi a família foi encontrada em Ibirité, a suspeita é de que o casal estaria em fuga. A Polícia Civil encontrou com o casal as roupas que o bebê utilizava nas fotos. No telefone de Fiama foram achados e-mails de confirmação da postagem no site. Costa e a mulheres afirmaram que o aparelho era utilizado pelos dois.
O pai foi autuado nos artigos 232 e 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que consistem em “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento” e “oferecer criança em troca de promessa ou recompensa”, conforme informações da Polícia Civil. “No caso da oferta, mesmo sem que a compra seja efetivada, a ação consiste em crime”, afirma a corporação.