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Pai e madrasta são indiciados por tortura de criança que perdeu mãe para Covid

Suspeitos estão presos depois de trocarem acusações sobre autoria do crime na delegacia, em Aparecida de Goiânia (GO)

atualizado

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Reprodução/TV Anhanguera
Menina de 4 anos é vítima de tortura em Aparecida de Goiânia (GO)
1 de 1 Menina de 4 anos é vítima de tortura em Aparecida de Goiânia (GO) - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás indiciou, pelo crime de tortura, a madrasta e o pai de uma menina de 4 anos suspeitos de espancarem a criança, deixando-a com vários ferimentos e o braço quebrado, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana. Os dois estão presos.

A criança ficou 13 dias internada para passar por procedimentos cirúrgicos e foi vítima da violência após perder a mãe para a Covid. A madrasta e o pai dela estão presos desde 16 de setembro, na no mesmo em que ele próprio denunciou o caso à polícia. Na delegacia, ele atribuiu as agressões à madrasta, que, por sua vez, apontou o homem como autor da violência contra a criança.

Veja imagens das lesões:

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Menina de 4 anos estava sendo agredida pelo pai e madrasta, após perder a mãe para Covid-19
Criança está internada em Goiânia e é acompanhada pelo Conselho Tutelar
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Menina apresenta vários hematomas pelo corpo e passou por cirurgia no braço direito

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Menina de 4 anos estava sendo agredida pelo pai e madrasta, após perder a mãe para Covid-19

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Criança está internada em Goiânia e é acompanhada pelo Conselho Tutelar

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Avó materna

Após alta do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, na tarde da última quarta-feira (29), a criança foi levada para avó materna. Segundo o Conselho Tutelar, que acompanha o caso, a mãe da menina morreu há quatro meses.

De acordo com o Conselho Tutelar, foi protocolada uma medida protetiva em favor da criança no Juizado da Infância e Juventude para fornecer a guarda provisória para sua avó. A Justiça concedeu parecer favorável.

A saúde da criança está boa, e ela deve seguir com o tratamento no braço em casa e fará retorno médico na próxima semana.

“Batendo na menininha”

Além de testemunhas, a investigação considerou um áudio de ligação em que um vizinho teria dito à mãe, antes de ela morrer, que o casal estaria agredindo a filha.

“Outra moradora me ligou e falou que a [madrasta] estava batendo naquela menininha. Está batendo e ela dizendo que ‘minha mãe não fazia isso’. Pediu para não bater”, disse o vizinho em ligação para a mãe da menina.

Em outro trecho, o morador critica o pai da criança. “Não sei como é você com sua filha, te vi aquele dia, não te conheço, mas também não concordo com a maneira que acontece. Seu ex, o pai da criança, não é uma pessoa que me inspira confiança”, afirmou.

Guarda da criança

O viúvo da mãe da criança, que não quis se identificar, disse à imprensa que as ligações foram recebidas no final do mês de fevereiro, depois de o pai buscar a menina e nunca mais entregá-la à mãe. Desde então, ela lutava na Justiça para conseguir a guarda da filha.

O viúvo contou ainda que, após isso, a mãe da menina procurou várias vezes o Conselho Tutelar do setor Garavelo, mas que não conseguia resolver a situação. Segundo ele, os conselheiros ficavam “jogando ela de um lado para outro e não davam solução ao problema”. Atualmente, o caso é acompanhado pelo conselho tutelar da região da Vila Brasília.

O Metrópoles não obteve retorno do Conselho Tutelar da região do setor Garavelo para saber porque a unidade não teria acompanhado o caso. O portal também não localizou a dedesa da madrasta e do pai da menina para se manifestar.

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