Pai e filha perdem parte da visão após ação da GCM em Osasco
Geovanna Tawanne, 21 anos, foi atingida por uma bala de borracha. Joab Teixeira, 42, foi agredido por agentes de segurança
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Pai e filha perderam parte da visão após ação de guardas civis em Osasco, na Grande São Paulo, em maio.
A funcionária pública Geovanna Tawanne, 21 anos, foi atingida por uma bala de borracha por guardas da Ronda Operacional Municipal (Romu), da Guarda Civil Municipal (GCM). Ela saía do prédio para socorrer o pai, o gari Joab Teixeira, 42, que era agredido por agentes de segurança.
O caso aconteceu por volta da 0h30 de 2 de maio, durante patrulhamento na região da Avenida Benedito Alves de Turíbio. Joab também teve a visão comprometida depois que estilhaços de borracha feriram seu olho esquerdo. Ele também foi alvejado no braço e abdômen.
Geovanna relatou à reportagem da Ponte os momentos de desespero. Ela pensou que seu pai estava morto por conta da ação dos oficiais da Romu no momento em que a bala acertou seu olho.
“Vi o sangue descendo, só conseguia gritar ‘meu olho, meu olho’, e um rapaz me deu a blusa para pôr no rosto. Nenhum deles [GCMs] me socorreu”, declarou.
A família conta que a ação da GCM foi truculenta. Além dos tiros de borracha, testemunhas afirmaram que os oficiais usaram spray de pimenta e bombas de gás para dispersar as pessoas.
No boletim de ocorrência, os guardas civis Alexandre Tavares e Alexandre Jesus Pignatari relataram que faziam patrulhamento quando avistaram cerca de 100 pessoas em um bar. No entanto, imagens cedidas à Ponte mostram que não havia aglomeração no horário.
Pai e filha passaram por cirurgias na região do globo ocular e atualmente a família junta material para pedir indenização à Prefeitura de Osasco.