Pai de dentista morto na BA: “Que roubasse, mas não tirasse a vida”
Pai do dentista Lucas Maia Oliveira lembra da alegria do filho, assassinado em seu apartamento na Bahia. Amigos dizem que crime foi brutal
atualizado
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O pai do dentista Lucas Maia Oliveira, de 36 anos, morto dentro do próprio apartamento, em um condomínio de luxo em Salvador, lembrou com carinho da paixão que o filho tinha pela vida. A polícia baiana segue investigando o caso, mas a causa da morte não havia sido divulgada até a publicação desta matéria.
“Lucas era um menino muito para a frente. Gostava muito de festa. Tinha muito amigos, gostava de viajar, era uma pessoa muito querida por todos. Não tinha uma intriga com ninguém, não tinha briga. Nunca teve nenhum envolvimento em confusões. Nada desse tipo”, lembrou Lourenço Sampaio, de Lucas.
Segundo Lourenço, Lucas estava se especializando em uma nova área na carreira. “Muitos planos na vida. Estudou muito para isso. Inclusive, estava se especializando em uma coisa nova. Ele era cirurgião dentista”, lembrou.
“Que roubasse tudo, que levasse tudo, mas não tirasse a vida”, desabafou o pai em entrevista à TV Bahia. Lourenço acredita que Lucas tenha morrido asfixiado.
Dentista tirava fotos de encontros
Amigos de Lucas dizem que o dentista tinha uma prática que pode ajudar a polícia a desvendar o crime. O rapaz tirava fotos dos homens com quem saía e depois enviava para amigos por segurança. A Polícia Civil da Bahia está de posse com as últimas imagens.
Isso aconteceu porque o dentista se tornou vítima do golpe Boa noite, Cinderela há cerca de um ano. Acabou dopado e ficou dois dias desacordado. As últimas imagens já foram enviadas por amigos à polícia, que ouviu seis colegas do profissional até agora.
“O grau de violência que ele foi submetido foi muito grande. Tinha um martelo quebrado perto do corpo. Ele estava amarrado e irreconhecível”, disse um dos amigos à reportagem da CNN. Um deles, que teve contato com quem viu a cena do crime, disse que Lucas estava chão, entre a cama e o guarda-roupa de seu quarto.
E disse também que o corpo estava irreconhecível. Outro colega disse ter conversado com uma das irmãs de Lucas, e que ela contou da dificuldade de reconhecimento. “Não identificava nem a tatuagem”.