Pai de Henry quer aumentar pena de crimes cometidos por padrastos
Leniel fez um abaixo-assinado on-line para pedir a aprovação do Projeto de Lei n° 1386/2021, conhecido como Lei Henry Borel
atualizado
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Rio de Janeiro – O engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, de 4 anos, morto em 8 de março, criou um abaixo-assinado on-line para pedir a aprovação do Projeto de Lei n° 1386/2021, conhecido como Lei Henry Borel, que aumenta a pena de 1/3 até a metade no caso de crimes praticados por pais ou pela madrasta ou padrasto.
“A votação deste projeto de lei que leva o nome do meu filho, Lei Henry Borel, não o trará de volta, nem amenizará a dor da sua ausência, mas será um avanço na luta contra o assassinato de crianças pelos seus pais e/ou companheiros, e mostrará ao Brasil que a vida do meu filho não foi só para tirar esses monstros de circulação, mas sim para, de alguma forma, com penas mais duras, ajudar a prevenir e punir este tipo de violência inimaginável, que é mais comum no Brasil do que se pensa”, escreveu o pai de Henry na justificativa do abaixo-assinado.
Em entrevista ao Jornal Extra, ele afirmou que o objetivo da campanha, que foi criada com a ajuda de seu advogado, é pedir que o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, acelere a votação do projeto.
“A gente precisa, de alguma forma, endurecer a lei deste país para que isso não volte a acontecer. Por isso que eu decidi, junto com meus advogados, criar essa petição on-line para pedir que acelere a votação dessa lei para que a gente tenha uma medida urgente para que as pessoas pensem duas vezes antes de cometer esses crimes bárbaros”, afirmou.
Caso Henry
O menino Henry Borel morreu no dia 8 de março. Segundo a equipe médica do hospital Barra D’Or, zona norte, ele já chegou morto ao hospital. Mãe e padrasto alegam acidente doméstico. Mas laudos apontaram morte violenta. A previsão é de que o inquérito deve ser concluído nesta semana pela 16ª DP (Barra da Tijuca).