Pai de Henry pede à Justiça revogação da prisão domiciliar de Monique
Acusada morte do filho, Monique Medeiros deixou a cadeia com tornozeleira eletrônica em 5/4. Ex-padrasto do garoto também responde por crime
atualizado
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Rio de Janeiro – Assistentes de acusação do Ministério Público, os advogados do engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, pediram à Justiça a revogação da prisão domiciliar da professora e mãe do garoto, Monique Medeiros. Ela e o ex-padrasto do menino, o vereador cassado e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, são acusados da morte da criança de 4 anos.
Monique deixou a prisão no último dia 5/4 e é monitorada por tornozeleira eletrônica. Jairinho continua preso.
“Ex-companheira de um ex-vereador, com notória influência, constrange e atemoriza pessoas (…) caso não esteja recolhida em estabelecimento prisional, já que possui histórico de coagir testemunhas, e, por isso, responde pelo crime de coação no curso do processo”, diz trecho do recurso dos advogados Marco Eboli e Sâmya Massari.
O recurso cita ainda o fato de um perfil em rede social ter feito postagens em menos de 24 horas após a saída de Monique da cadeia. A defesa da professora nega publicação do material. Alega que o perfil não pertence a mãe de Henry, mas a uma seguidora que mora em São Paulo.
Há uma semana, o promotor Fábio Vieira, também recorreu à Justiça para Monique voltar à cadeia.
“Será que podemos separar os dois personagens responsáveis pela morte do pequeno Henry, de acordo com uma escala, a qual permite aferir a intensidade de suas responsabilidades e como corolário, a intensidade da reprovação de suas condutas? (…) ambas as condutas terem o mesmo grau de periculosidade e concorrerem de igual maneira para a violação do bem protegido, qual seja, a vida”, diz trecho do documento.