Pai de Henry confirma que Monique instalou câmera no quarto do menino
Segundo o engenheiro Leniel, ele e a mãe do menino não identificaram agressões nas imagens captadas
atualizado
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Rio de Janeiro – O engenheiro Leniel Borel de Almeida Júnior, pai de Henry Borel Medeiros, conversou com a TV Globo, na manhã desta sexta-feira (16/4), e confirmou que a mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, instalou uma câmera de segurança no quarto da criança. Segundo Leniel, não foram identificadas agressões nas imagens captadas.
“As últimas notícias acabaram comigo. Depois da prisão da Monique, os diálogos do celular com a Thayna (a babá de Henry). A Thayna, dona Rosângela (avó materna de Henry) e a própria Monique tiveram várias oportunidades de me falar (sobre as agressões) e não me falaram.”
Leniel se lembra que, na quarta-feira anterior à morte do menino (dia 4 de março), fez uma chamada de vídeo para Henry. Ele estava na casa da avó materna, em Bangu, zona oeste do Rio, e, durante a conversa com o pai, disse que não queria voltar para casa, porque “o tio machuca”.
“Na hora eu falei para dona Rosângela (mãe de Monique): ‘tá vendo, dona Rosângela, como não é coisa da minha cabeça? Olha o que o Henry está dizendo’. Ela respondeu: ‘Ah, Leniel, esquece isso. Ele acabou de voltar da psicóloga. Ele está fazendo sessão para isso. Ele é muito inteligente. Isso não está acontecendo. Inclusive a babá está aqui ao meu lado’”, contou o engenheiro, ao RJTV.
Segundo Leniel, Monique teria ligado para ele uma hora depois, para falarem sobre a sessão com a psicóloga. O engenheiro contou que cobrou da mãe do menino sobre a frase “o tio machuca”.
“Monique me respondeu: ‘Esquece isso, Leniel. Trabalha aí tranquilo. Isso não existe. A Thayna foi contratada para isso. Ela fica com ele a manhã inteira e só sai quando eu chego’.”
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) encontraram, durante a perícia complementar realizada no apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com a mãe e o padrasto, no último dia 29 de março, uma outra câmera de monitoramento, ainda na caixa, nunca usada, no quarto do menino.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava o menino com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo boletim policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.