Leniel Borel, pai de Henry, denuncia perfil fake que pede doações
Conta do Instagram já tem mais de 20 mil seguidores, vende fotos da criança e até promove lives sobre o tema violência doméstica
atualizado
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Leniel Borel de Almeida, o pai de Henry Borel, foi às redes sociais denunciar uma conta falsa que usa o nome dele para receber doações e vender fotos do menino. A criança de 4 anos morreu em março no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho.
A mãe de Henry e o padrasto estão sendo acusados pelo crime e a criança virou um símbolo de luta contra a violência doméstica.
“Lamentavelmente há um perfil fake cometendo condutas desrespeitosas e criminosas. Sem nenhum envolvimento da minha parte, esse perfil está anunciando a venda de quadros com a imagem do Henry, além de pedir doações. Por favor, não contribuam!!! Peço ajuda de todos para denunciar”, escreveu Leniel aos seus 490 mil seguidores.
O perfil denunciado pelo pai do garoto é fechado, mas já reúne 20,6 mil seguidores. Na descrição, a página é atribuída ao “papai do Henry Borel”. Após Leniel começar a desmentir a conta, o falsificador apenas adicionou o termo “perfil de apoio”, mas continua postando fotos do menino e pedindo ajuda para produzir 1.500 quadros da criança.
Segundo o engenheiro, o próximo passo será acionar a justiça, já que ele afirma ter tentado entrar em contato com o responsável pela página para que ele se identificasse.
O Instagram também não atendeu às denúncias do pai e a conta segue ativa. Entre as publicações do perfil fake, há vaquinhas e lives pedindo doações em nome do pai da criança.
Caso Henry Borel
Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo o pai do garoto, ele e o filho passaram o fim de semana juntos e, por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida. Ela morava com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Jairinho e Monique foram denunciados pelo Ministério Público por tortura e homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura pela morte da criança. O casal alegou acidente doméstico, mas o laudo da perícia apontou 23 lesões por agressão.
Durante as investigações, a Polícia Civil concluiu que Jairinho submetia Henry a sessões de tortura e, mesmo tendo conhecimento das violências praticadas pelo namorado contra o filho, Monique não tomou nenhuma atitude.