Pai de filha com paralisia ameaçou empresária: “Fogo na minha loja”
Igor Viana, que zombou da filha com paralisia cerebral, ameaçou a empresária apôs ela expor que ele pedia doação sem necessidade
atualizado
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A empresária Natália Vieira, uma das pessoas que denunciou o influencer Igor Viana, acusado de maus-tratos contra a filha com paralisia cerebral, sofreu ameaças. Ela expôs que o rapaz estava pedindo dinheiro aos seguidores para comprar uma geladeira, mesmo após ela doar o eletrodoméstico para ele.
“No mesmo dia, à noite, ele estava pedindo dinheiro para comprar a geladeira. Eu me senti lesada. Como ele está querendo dinheiro para comprar uma coisa que já está lá com ele?”, reclamou a empresária em entrevista à TV Anhanguera.
“Ele começou a proferir xingamentos a mim no outro dia, dizendo que ia quebrar minha ótica, depredar toda a minha loja, que os seguidores dele iam pôr fogo na minha loja, que iam derrubar meu perfil”, afirmou. a mulher
Natália é uma das mais de 30 pessoas que procuraram a polícia para denunciar Igor Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, pais de uma menina com paralisia cerebral.
Ambos são suspeitos de maus-tratos, estelionato, desvio/apropriação de proventos de pessoa deficiente, incitação à discriminação de pessoa deficiente e constrangimento de criança, sendo o pai, de forma direta, e a mãe, por omissão.
Influencer chamou doadores de “trouxas”
Sobre a acusação de desvio do dinheiro doado pelos seguidores para ajudar a criança com paralisia cerebral, o influenciador Igor Viana, de 24 anos, afirmou não ter culpa de os doadores serem “trouxas”.
“Não considero que eu desviei o dinheiro, até porque as pessoas mandavam pra minha conta. Minha filha não tem Pix. Então, se eles foram trouxas, a culpa não é minha”, afirmou ao g1 o jovem de Anápolis (GO).
Os recursos destinados a Igor eram arrecadados em sites de vaquinha digital com campanha para ajudar a menina. Na gravação, ele argumenta que tem “necessidades” e que também é um ser humano.
“As pessoas falam como se ‘Ah, você tem uma filha deficiente, você não é um ser humano, você não transa, você não faz mais nada’”. Ele admite que postava vídeos ironizando a criança e considera que não é obrigado a gastar o valor das doações com a menina. “Eu também tenho necessidades de serem supridas. Também sou um ser humano.”
O rapaz repete frases ofensivas à criança, a quem chama de “chata”. “Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema.”
Igor ainda revela ter vontade de abandonar a menina em um orfanato. “Já arrumei tanto problema por causa dessa menina, já gastei tanto de dinheiro e ainda é gente enchendo meu saco na internet”, afirmou o jovem.
