Pai de bebê morto após médica recusar atendimento faz desabafo
“Pais de filhos especiais já sofrem querendo dar o melhor, e vem uma pessoa, assim, e não cuida, justamente quando mais precisa”
atualizado
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Pai do bebê Breno Rodrigues Duarte da Silva, Felipe Duarte, desabafou nesta quinta-feira (8/6) sobre a morte de seu filho, de 1 ano e 7 meses, após uma médica se recusar a prestar socorro.
“Não tenho raiva. Só desejo que ela jamais faça isso de novo. Como ela vai pagar, qual punição vai ter, não cabe a mim julgar. Cabe à lei o caminho que ela vai seguir. Meu filho era especial. Pais de filhos especiais já sofrem querendo dar o melhor para as crianças, e vem uma pessoa, assim, e não cuida, justamente quando mais precisa. Meu filho precisava de cuidado. Se ela não tivesse se omitido, ele poderia estar vivo agora”, disse em entrevista ao Extra.
No Facebook, Felipe publicou um texto de despedida do filho. “Breno, meu amado filho! Pq se foi tão rápido?!? Ainda tínhamos tanto para viver… cada momento juntos foi tão maravilhoso! Vc nos trouxe tantos ensinamentos, tanto amor e tanta esperança! Se vc soubesse o quanto todos nós te amamos!! Tenho certeza que agora vc está em um lugar melhor e um dia vamos nos reencontrar.”Entenda o caso
Na manhã da quarta-feira (7/6), a família de Breno Rodrigues Duarte da Silva, que sofria de doença neurológica, havia chamado ambulância para socorrer o menino. Porém, quando a equipe de remoção chegou, a médica teria alegado que seu expediente havia chegado ao fim e, por isso, não prestou os primeiros socorros.
Por causa da doença neurológica, Breno recebia atendimento médico domiciliar. Quando o menino começou a se sentir mal, com fortes dores abdominais, a pediatra orientou, por telefone, que a mãe do menino acionasse o plano de saúde para fazer a remoção e interná-lo.
De acordo com o relato de Rhuana Lopes Rodrigues, mãe de Breno, a ambulância já havia chegado ao condomínio em que a família vive, na Barra da Tijuca, quando a médica da ambulância rasgou o documento com o pedido de remoção e fez a ambulância dar meia-volta.
A criança morreu uma hora e meia mais tarde, enquanto esperava outra ambulância. A família acusa a profissional de negligência e omissão de socorro.