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Pai de atirador do ES pede perdão e diz que não ensinou filho a atirar

Policial militar afirmou ser alvo de perseguição e disse que o filho foi manipulado a cometer o atentado que matou quatro pessoas

atualizado

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Imagem colorida mostra suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas - Metrópoles - Foto: Reprodução

O pai do adolescente de 16 anos que abriu fogo contra duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira (25/11), pediu perdão às vítimas do ataque. Ele afirma não conseguir entender o que motivou o filho a cometer o crime. O atentado matou três professoras e uma aluna, além de deixar cinco feridos – três em estado grave.

“Sei que a tragédia que ceifou várias vidas foi cometida por meu filho, um filho criado com todo amor e carinho. Mas não consigo entender o que o levou a cometer esse atentado. Se eu pudesse, pediria para cada família o perdão para meu filho, apesar de saber que diante de tamanha dor isso é algo impossível”, disse em entrevista ao Estadão.

O pai do adolescente, que é policial, sustenta ser alvo de perseguição e de “notícias falsas”. Ele negou que tenha feito apologia ao nazismo ao publicar uma foto do livro Mein Kampf, autobiografia de Adolf Hitler, nas redes sociais. Também admitiu que emprestou o livro ao filho, mas diz que ele não teria gostado.

“O fato de você ler um livro desse faz você ser nazista? Eu fiz um comentário sobre leitura. Disse que ler causa a expansão da consciência. Estão dizendo que eu sou bolsonarista, que eu gosto que as pessoas andem armadas. Eu não sou bolsonarista nem lulista”, defendeu-se.

O homem também rejeitou a tese de que teria ensinado o adolescente a atirar. “Essa lógica é sem sentido. Ele aprendeu a atirar – e ele falou isso para o delegado – com vídeo no YouTube. Hoje na internet o cara aprende tudo.”

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Professoras Cybelle Passos Bezerra (à esquerda), Maria da Penha Pereira (centro) e a estudante Selena Sagrillo (à direita), mortas no ataque
Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino
Cybelle Passos Bezerra Lara era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti
O suspeito entra em escola no Espírito Santo após quebrar um cadeado
Selena, de 12 anos, ao lado da mãe e do pai
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A estudante Selena Sagrillo Zucoloto, que morreu no ataque, era aluna do 6º ano no Centro Educacional Praia de Coqueiral

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Professoras Cybelle Passos Bezerra (à esquerda), Maria da Penha Pereira (centro) e a estudante Selena Sagrillo (à direita), mortas no ataque

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Maria da Penha Pereira de Melo Banhos dava aula de artes na instituição de ensino

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Cybelle Passos Bezerra Lara era professora de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti

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O suspeito entra em escola no Espírito Santo após quebrar um cadeado

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Selena, de 12 anos, ao lado da mãe e do pai

Arquivo pessoal
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Sobrevivente: professor de filosofia Luiz Carlos

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Em diversos momentos, ele aponta a arma para várias direções

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Momento em que atirador sai da escola no ES

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Motivação

Em depoimento à polícia, o adolescente alegou ter começado a planejar o atentado após sofrer bullying na escola em 2019. No entanto, o pai não acredita na versão e diz que o filho foi manipulado.

“Se você me pedir uma prova eu não tenho como te dar, mas eu acredito e tenho forte intuição de que meu filho foi manipulado, foi induzido por bandidos, por pessoas realmente malignas, satânicas, que estão nas redes sociais pescando um jovem ou outro que tenha a mente um pouco fraca”, afirmou.

“Eu acredito que ele esteja querendo encobrir as pessoas que o manipularam. Eu ainda não consegui entender a motivação para ir na escola e fazer aquela brutalidade. O bullying não justificaria.”

O pai do atirador ainda afirmou que quer que o crime seja investigado e que não espera que o filho passe impune: “Eu não quero nenhum tipo de impunidade. Eu não quero que o meu filho fique impune não. Quero que a justiça seja feita. Não quero que seja feita vingança, quero que a justiça seja feita.”

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