Pai crê que jovem que morreu após estupro em UTI tentou relatar abuso
Segundo ele, filha chegou a lacrimejar quando estava sedada no hospital. Técnico em enfermagem suspeito do crime está preso, mas defesa nega acusação
atualizado
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O pai da universitária que morreu dias após sofrer estupro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste, em Goiânia (GO), disse, nesta sexta-feira (31/05/2019), que a filha parecia tentar conversar e contar alguma coisa para a família, mesmo estando entubada e sedada. O suspeito, Ildison Custódio Bastos, se entregou à polícia nessa quarta-feira (29/05/2019). São informações do G1.
Policial aposentado, o pai da jovem – a universitária Susy Nogueira Cavalcante, 21 anos – disse que a família sentia que ela queria falar. “Como tinha só um dia [de internação], a gente perguntava aos médicos e eles falavam aquelas palavras de médico. Como a gente é leigo, não ia tirar ela de lá, mas a vontade era tirar tudo dela, todos aqueles tubos. É uma dor intensa”, desabafou, preferindo não se identificar.
Susy foi internada em 17 de maio e morreu nove dias depois. A família foi avisada pela polícia sobre o abuso durante o velório. A corporação conseguiu imagens de segurança que mostram o momento em que ela é apalpada por um técnico em enfermagem identificado como Ildison Custódio Bastos, de 41 anos.
O G1 telefonou para o advogado de Ildson, Leonardo Silva Araújo, às 12h25 desta sexta, mas as ligações não foram atendidas.
O suspeito, que trabalhava no hospital, foi confrontado e negou o crime. O caso de estupro de vulnerável é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).