Paes desiste de exigir passaporte da vacina em shoppings e táxis
Prefeito do Rio classificou própria medida como “exagerada”. “Temos que fazer algo cumprível”, disse o político
atualizado
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Rio de Janeiro – O prefeito Eduardo Paes classificou o próprio decreto como exagerado e, duas horas após a publicação, voltou atrás e tirou a exigência do passaporte vacinal para táxis, carros de aplicativo e shoppings. A medida que ampliava a exigência da comprovação de imunização foi publicada nesta quinta-feira (2/12) e tem por objetivo dificultar a chegada e a permanência de turistas não vacinados na cidade.
De acordo com as regras estabelecidas no Diário Oficial do município, antes da mudança do prefeito, a comprovação de imunização deveria ser apresentada em shoppings, restaurantes, bares, lanchonetes, hotéis e salões de beleza. No entanto, um novo decreto, mais flexível, será publicado nessa sexta-feira (3/11).
“Temos que ver a praticidade e a efetividade do decreto. Tem umas áreas que foi um exagero, como o táxi e shopping. Não acho necessidade disso e, por isso, vamos recuar esses pedidos amanhã”, disse Paes a jornalistas. “Eu não tinha detalhes de todas as áreas e quando eu vi táxi e shopping decidi tirar. Temos que fazer algo ‘cumprível’. A gente não pode exigir o que não vai ser cumprido”, completou.
O documento também não é exigido para os servidores em repartições públicas e nem em escolas e universidades. A comprovação também não será necessária para acessar os transportes públicos de massa.
“Os transportes coletivos não foram incluídos porque não temos como fiscalizar tudo. E, sem hospedagem, quem vem de fora não vai ficar circulando em transporte público”, completa o secretário Daniel Soranz, que diz que a festa de Réveillon segue confirmada na cidade.
Veja onde o passaporte passaria a ser exigido (sem a alteração prometida por Paes):
Hotéis, locações de imóveis por temporada e plataformas de hospedagem;
Bares, lanchonetes, restaurantes em ambientes internos ou com qualquer cobertura;
Salões de beleza e estética;
Shopping centers e centros comerciais;
Táxis ou serviço de aplicativos de transporte de passageiros;
Academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes e vilas olímpicas;
Estádios e ginásios esportivos;
Cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos;
Atividades de entretenimento, como boates, casas de shows e festas;
Locais turísticos, museus, exposições, aquário, parques de diversões, parques temáticos;
Conferências, convenções e feiras comerciais.