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Pães de forma com teor alcoólico comprometem teste do bafômetro

Pesquisa da Proteste avaliou as 10 marcas de pães de forma mais consumidas no Brasil e identificou alto teor alcoólico em seis marcas

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Charles Chen/Unsplash
Foto colorida ilustrativa de pão de forma fatiado pães de forma - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida ilustrativa de pão de forma fatiado pães de forma - Metrópoles - Foto: Charles Chen/Unsplash

Uma pesquisa inédita da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, revelou marcas de pães de forma com alto teor alcoólico, ao ponto de comprometer o teste do bafômetro.

O estudo divulgado nesta quarta-feira (10/7) avaliou as dez marcas líderes de venda no Brasil. O resultado da pesquisa é surpreendente. Apenas os produtos Pullman e Plus Vita foram aprovados em todas as avaliações.

Três marcas tiveram as piores avaliações. Segundo a Proteste, apenas duas fatias de amostras da Visconti, Bauducco e Wickbold 5 Zeros poderiam resultar em teste positivo no bafômetro.

Oito marcas ultrapassam os níveis de álcool permitidos para crianças, segundo o estudo. São elas: Visconti, Bauducco, Wickbold 5 zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys e Wickbold.

Conservantes em pães de forma aumentam álcool

Uma parte considerável dos produtos envolve a fermentação e os açúcares da massa são transformados em álcool etílico. No entanto, normalmente esse álcool evapora no forno.

Acontece que as indústrias estão diluindo uma quantidade maior de conservantes para evitar o mofo. Isso acaba resultando em mais etanol no final do processo, segundo o estudo da Proteste.

“Temos a certeza de que esses produtos com elevado teor alcoólico seriam evitados por numerosos consumidores se fosse de seu conhecimento o que pudemos constatar com rigoroso teste. Por isso, criamos a campanha ‘Se tem Álcool, todo mundo tem direito de saber’, porque é nossa obrigação sermos mais transparentes com os consumidores”, defendeu o diretor executivo, Henrique Lian, em texto divulgado para a imprensa.

Depois da constatação das marcas com alto teor de álcool, a Proteste enviou ofícios para o Ministério da Agricultura e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sugerindo a determinação de um percentual máximo de álcool e ações de fiscalização.

Outro lado

Em pronunciamento enviado à reportagem, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) afirmou não concordar com as conclusões do relatório. “Publicou o estudo sem consultar o setor envolvido, causando forte temor popular – devido às inúmeras incoerências identificadas na análise em questão”, argumenta a organização.

Os pontos criticados pela associação citam fatores como a falta de uma metodologia oficial normatizada, a falta de informação sobre repetibilidade e reprodutibilidade nas análises e a falta de transparência sobre datas e referências de pesquisa.

A Abimapi também aponta que o profissional que assina a pesquisa não apresenta o número de registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

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