Paes: “Antes de fechar escola, fecho bares, restaurante e shopping”
Rio segue aguardando novas doses da vacina e não vai alterar regras no acesso ao serviço, como passar a exigir comprovante de residência
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro — Um dia após o governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), anunciar que estuda fechar escolas em todo o estado, o prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM), garantiu que a medida não será adotada no município.
“Antes de fechar escola, fecha bares, restaurante e shopping, fecho o comércio. Já temos um plano de contingência e não estamos com as escolas totalmente abertas. Estamos com apenas algumas séries funcionando, temos o ensino híbrido, aplicativo”, disse o prefeito durante evento no Parque Olímpico Radical de Deodoro, na zona norte.
Para Paes, se houver fechamento, mesmo que parcial, o que neste momento é opção totalmente descartada, as escolas serão as primeiras a reabrir no plano de retomada de serviços. Segundo ele, a rede municipal de ensino está funcionando com um plano de contingência.
O prefeito diz que as medidas anunciadas pelo governador serão fundamentais e benéficas para a cidade, uma vez que há planos de unificação de regras na educação e na vacinação para todo o estado durante a pandemia.
“Acompanhei a decisão do governador de estabelecer regras para o estado todo e acho muito importante. É difícil como prefeito da principal cidade da Região Metropolitana estabelecer regras sem que haja nos outros municípios. Em Ricardo de Albuquerque e Anchieta, chegando em Mariópolis, não se sabe se está em Nilópolis ou no Rio”, explicou Eduardo Paes.
A falta de doses de vacina contra a Covid-19, motivo pelo qual o serviço foi suspenso na noite se quinta-feira (11/3), ainda não tem data para ser solucionada pelo Ministério da Saúde, que não tem previsão de enviar nova remessa de imunizantes para o Rio.
O prefeito Eduardo Paes diz que segue aguardando novas doses e que não há alteração nas regras para o acesso ao serviço, como, por exemplo, passar a exigir comprovante de residência para evitar que pessoas de outros municípios busquem as unidades da capital.
“Seguimos esperando que sejam entregues novas doses. Acreditamos no SUS. Não vamos fazer cadastro prévio de velhinhos para serem vacinados, não vamos pedir comprovante de residência. Na cidade do Rio, chegou a vacina, vamos sair correndo para vacinar. Nossa vacinação está muito organizada. Se o governo federal mandar doses, a gente aplica”, garantiu.
Durante a semana, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a busca pelo serviço de imunização foi maior que a expectativa da pasta e que a suspensão do calendário também foi motivada pelas mais de 42 mil pessoas de outros municípios que foram vacinadas na capital.