Padre suspeito de estuprar dois coroinhas é preso no interior de SP
Primeiras denúncias contra o religioso foram apresentadas no fim de 2017. Adolescentes tinham menos de 14 anos
atualizado
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O padre Cláudio Cândido Rosa, de 43 anos, foi preso depois de se apresentar à Polícia Civil. Ele é suspeito de estuprar dois coroinhas menores de 14 anos na paróquia em que atuava, em Presidente Epitácio, no extremo oeste de São Paulo. O padre era procurado desde o mês passado, quando foi expedido mandato de prisão preventiva contra o religioso.
Cândido Rosa se apresentou à polícia de Presidente Prudente acompanhado por um advogado. Ele nega as acusações, mas foi recolhido à penitenciária de Lucélia, na mesma região. A prisão ocorreu na quinta-feira (28/2), mas só foi divulgada neste domingo (3).
A defesa do pároco afirmou que vai pedir para que ele responda às acusações em liberdade. As denúncias surgiram no fim de 2017, quando o padre atuava na paróquia de São Pedro, em Presidente Epitácio. Um comerciante da cidade procurou a polícia após ouvir relato do próprio filho.
Durante as investigações, outro adolescente também denunciou o padre e entregou à polícia uma foto na qual o religioso aparecia nu na casa paroquial em que reside. A polícia realizou busca no imóvel e apreendeu um celular e três computadores, concluindo que havia provas consistentes de crimes sexuais.
Em novembro de 2017, o bispo de Presidente Prudente, dom Benedito Gonçalves dos Santos, comunicou que o padre Cláudio Cândido Rosa, “alegando motivos de saúde, entregou a administração da paróquia”. O comunicado da diocese não fez referência às investigações, mas o afastamento causou especulação entre os paroquianos. O religioso deixou a cidade e voltou para Uruaçu, no interior de Goiás, onde moram seus familiares.
O inquérito contra Cláudio Cândido Rosa foi concluído em fevereiro deste ano. Ao ser ouvido por carta precatória, ele negou todas as denúncias. O juízo da 1ª Vara de Presidente Epitácio acolheu pedido da Polícia Civil e expediu mandado de prisão preventiva.
A defesa do religioso reiterou a inocência do cliente, mas informou que não poderia dar detalhes sobre o caso porque o processo está em segredo de Justiça. A diocese de Presidente Prudente informou que o bispo estava em visita pastoral e poderia se manifestar somente na quarta-feira (6).