Padre que orou por Bolsonaro defendeu excomunhão para eleitor de Lula
Religioso de Goiás é conhecido por defender teoria conspiratória sobre comunismo e apoia protestos contra eleições e pró-golpe
atualizado
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O padre que nesta segunda-feira (12/12) acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao cumprimentar apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada foi notícia durante o período eleitoral: ele defendeu que apoiadores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deveriam ser julgados por Deus e excomungados.
Genésio Lamounier Ramos, padre da Diocese de Anápolis (GO), fez uma longa oração ao lado de Bolsonaro na tarde desta segunda. Na ocasião, ele exaltou o presidente e seu governo, diante de milhares de apoiadores do bolsonarismo.
O religioso é conhecido por defender teorias conspiratórias de que o PT vai implantar o comunismo no Brasil. Ele também apoia manifestações que questionam o resultado das eleições e defendem intervenção militar.
Gravação polêmica
Em outubro, circulou nas redes sociais um áudio em que o padre Genésio defendia a excomunhão e desaprovação de Deus dos eleitores de Lula. Na gravação, o religioso defende a informação incorreta que o PT defenderia o aborto.
“Aquela pessoa que colaborou (com o pecado) é responsável por cada um deles. E quando chegar no tribunal de Deus vai falar ‘nunca matei e nem roubei’. Matou e roubou sim, matou crianças muito pequenas. Roubou sim, ajudou o seu país a ser assaltado. Você é responsável”, disse padre Genésio na gravação.
“Ex-petista curado”
Convicto bolsonarista, o padre Genésio virou celebridade em Anápolis, nas eleições deste ano, após ter dito que era petista e foi “curado”.