Padre que atropelou suspeito de furto diz que homem se jogou no carro
Atropelamento ocorreu em 7 de maio, no interior de São Paulo; padre Gustavo Trindade dos Santos deu depoimento à polícia
atualizado
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São Paulo – O padre Gustavo Trindade dos Santos, acusado de atropelar um suspeito de furtar sua igreja no interior, alegou que o homem se jogou em frente ao carro.
Em depoimento à Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo, nessa quinta-feira (9/6), o frei afirmou que jogou o carro na calçada para tentar pará-lo apenas e a vítima teria se atirado em frente ao veículo. As informações são do portal G1. Veja vídeo do momento:
Durante o interrogatório, o religioso contou que, em 7 de maio, celebrou um casamento na Igreja Matriz de São Sebastião. Na saída do local, escutou o alarme da casa paroquial disparar e viu um homem, reconhecido como Ângelo Marcos dos Santos Nogueira, pular o muro e fugir.
Ao ver a cena, o padre conta que ele e mais uma pessoa foram atrás de Ângelo de carro e, em certo momento, pediram para ele parar. Apesar do depoimento, as câmeras de segurança do trajeto, onde aconteceu a perseguição, por cerca de 1,4 km, mostram que os vidros do carro estava fechados.
Na sequência, o padre relata que encontrou um caminho para poder fechar Ângelo e entrou na calçada para pará-lo. Na hora, ele alega que o suspeito de furto se jogou na frente do veículo.
De acordo com o frei, ele não prestou socorro pois teve medo de Ângelo estar armado. Ele afirma que pediu ajuda à polícia.
Ele contou que, após o atropelamento, se dirigiu até o convento onde morava, guardou o carro pertencente à Diocese de Ourinhos e viajou para Ribeirão Preto.
O inquérito policial indiciou o padre por tentativa de homicídio qualificado. O Ministério Público solicitou um exame de corpo delito para periciar a gravidade dos ferimentos de Ângelo.
O frei Gustavo foi interrogado por videochamada acompanhado de seus dois advogados. Essa é a primeira vez que o religioso presta depoimento à polícia.
Na primeira vez em que foi intimado a ir à sede do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), na capital paulista, ele não compareceu.
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