Padre chama Bolsonaro de “bandido”: “Quem votou nele devia se confessar”
Durante missa, o líder religioso citou o crescimento no número de mortos por coronavírus e disse que o presidente “não presta”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu duras críticas do padre Edson Adélio Tagliaferro durante missa na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, em Artur Nogueira, a 150 km de São Paulo. O líder religioso afirmou que o chefe do Executivo “não presta” e que seus eleitores deveriam se confessar pelo pecado de terem votado nele.
“Um país que já chegou a 60 mil mortos pela pandemia, e não temos um ministro da Saúde. Vocês querem que eu fale o quê? Aquilo que todos falam, ‘ah, ele não trabalha porque não deixam ele trabalhar’. Não! É porque ele não presta. Bolsonaro não vale nada! E quem votou nele devia se confessar, pedir perdão a Deus pelo pecado que cometeu, porque elegeu um bandido”, disse.
Veja vídeo:
Um padre está viralizando hoje no Twitter por conta desta homilia. Na pregação, ele comenta sobre o aumento de casos de coronavírus no Brasil e faz críticas ao presidente @jairbolsonaro #Metrópolespic.twitter.com/LSY4CZ4Csz
— Metrópoles (de ?) (@Metropoles) July 5, 2020
As declarações foram feitas em missa realizada na última quinta-feira (2/7), na qual o padre rezou pelos mortos, incluindo as vítimas da Covid-19.
Na ocasião, ele afirmou que Jesus morreu crucificado por “dizer a verdade”, antes de reclamar do governo Bolsonaro pela má gestão da pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo alertado por fiéis e até pela própria mãe, Tagliaferro não economizou no tom crítico ao presidente.
“Se a gente está vendo, por exemplo, que o governo não presta, o padre não pode falar que o governo não presta porque o povo não quer ouvir isso?”, questionou o pároco, chamando Bolsonaro de “bandido” e seus eleitores de “pecadores”.