metropoles.com

Padrasto é condenado a 29 anos de prisão por espancar bebê até a morte

Wisley Serafim dos Santos também deve cumprir pena por simular acidente de criança de 1 ano e 8 meses em Rio Verde (GO); crime foi em 2020

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Davi Lucas Alves, de 1 ano e 8 meses, morreu em Rio Verde
1 de 1 Davi Lucas Alves, de 1 ano e 8 meses, morreu em Rio Verde - Foto: Reprodução

Goiânia – Um homem foi condenado, na quinta-feira (5/5), por espancar até a morte o enteado de 1 ano e 8 meses, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Wisley Serafim dos Santos deverá cumprir pena de 29 anos e 8 meses, em regime inicialmente fechado, após o crime praticado contra Davi Lucas Alves.

O crime ocorreu no dia 31 de agosto de 2020. Na época, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), Wisley acionou o socorro para tentar simular uma morte acidental. No entanto, os médicos desconfiaram da situação do bebê.

2 imagens
Davi Lucas Alves, de 1 ano e 8 meses, morreu em Rio Verde
1 de 2

Wisley Serafim dos Santos, condenado por matar enteado em Rio Verde, Goiás

Reprodução
2 de 2

Davi Lucas Alves, de 1 ano e 8 meses, morreu em Rio Verde

Reprodução

Segundo a denúncia, o padrasto do bebê admitiu ter agredido o enteado com chineladas e as mãos. Em uma gravação, o acusado chegou a dizer que deu um banho no garoto para tentar reanimá-lo.

Fraude e tortura

De acordo com a decisão, Wisley foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e de forma que dificultou a defesa da vítima. Além disso, teve aumento de pena por fraude processual penal e tortura. O advogado Felipe Mendes Vilela disse que vai recorrer.

O MPGO também informou que o padrasto deu uma faxina em casa para tentar se livrar de possíveis evidências do crime e chamou o socorro na tentativa de simular uma morte acidental. Na delegacia, o homem apresentou algumas versões controversas, mas depois admitiu o crime, dando detalhes das agressões com as mãos e com chinelos.

Durante o julgamento no Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Ronny Andre Wachtel, a defesa de Wisley disse que não houve homicídio e pediu que ele respondesse por lesão corporal seguida de morte, o que diminuiria a pena. Segundo a defesa, o padrasto acreditava que “estaria educando a criança de forma exagerada”.

“Fique na cadeia”

A avó materna do bebê, Marta Gomes, foi uma das testemunhas e, durante o julgamento, pediu justiça pelo neto com a condenação de Wisley. “Eu espero que ele [o acusado] fique na cadeia. É na cadeia que ele tem que ficar”, disse a mulher.

Marta também afirmou que as agressões eram recorrentes. Ela disse, ainda, que pediu ao Conselho Tutelar três vezes para visitar a família. No entanto, durante o julgamento, uma conselheira tutelar contou que não encontrou qualquer irregularidade ao fazer duas visitas na casa antes do crime.

A mãe do bebê é ré pelo crime de omissão de tortura, mas responde em liberdade. Ela é monitorada por tornozeleira eletrônica. O Metrópoles não encontrou contato da defesa dela e nem de Wisley até o momento em que publicou este texto.

Segundo as apurações, a mãe tinha conhecimento das atitudes violentas do companheiro contra o filho dela, mas não agiu no sentido de separá-los. Por isso, ela também foi denunciada.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?