Padilha reage a críticas de Lira e exibe vídeo elogioso de Lula
Sem fazer menção explícita a Lira, Padilha escreveu que é “uma honra” ter ouvido elogios de Lula. Relação de Lira e Padilha está desgastada
atualizado
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Após ser criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Relações Institucionais de Lula, Alexandre Padilha, foi às redes sociais na tarde desta quinta-feira (11/4) e compartilhou um vídeo do petista elogiando seu trabalho.
Durante um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em Londrina, no Paraná, nesta quinta, Lira afirmou que Padilha é “incompetente” e “desafeto pessoal”. A relação entre o presidente da Câmara e o articulador político de Lula enfrenta crise desde 2023 e estão rompidos.
“O Padilha possivelmente tem o cargo mais espinhoso do governo, porque ele é o cara que lida com o Congresso Nacional, ele é a pessoa que se relaciona com os 513 deputados e às vezes ainda sobra tempo e ele tenta se relacionar com os senadores. E você sabe que a demanda é muito grande. Essa relação é muito boa no começo. (…) Mas depois de algum tempo começa a cobrança e não tem entrega para fazer, aí começa o martírio”, diz Lula no vídeo, gravado na quarta (10/4), em cerimônia no Palácio do Planalto. “O Padilha vai bater recorde porque é o ministro que está durando muito tempo no seu cargo e vai continuar pela competência dele”, prossegue.
Na legenda, sem fazer menção explícita a Lira, Padilha escreveu que é “uma honra” ter ouvido os elogios do líder.
Ter ouvido isso ontem, publicamente, do maior líder político da história do Brasil é sempre uma honra para toda a equipe do Ministério das Relações Institucionais. Agradecemos e estendemos esse reconhecimento de competência ao conjunto dos ministros e aos líderes, vice-líderes e… pic.twitter.com/FN0iMl40sf
— Alexandre Padilha (@padilhando) April 11, 2024
Em coletiva de imprensa, Lira foi questionado se a decisão da Câmara, que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), o enfraquece politicamente.
O caso foi analisado em plenário e, mesmo com a campanha de aliados de Lira, a Câmara decidiu manter Brazão preso por 277 votos (eram necessários 257, no mínimo).
“Essa notícia hoje que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização. Deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu, não tem nada a ver. Os partidos liberaram, em sua maioria, as posições. É lamentável que integrantes do governo, interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes, fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o parlamento”, disse Lira.