Padilha minimiza derrotas e comemora crescimento de “frente ampla”
Após reunião com Lula, o ministro Alexandre Padilha comentou o desempenho de partidos que apoiam o governo do presidente Lula
atualizado
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Um dia após as eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros e líderes do governo para, entre outras questões, fazer um balanço do resultado do pleito. Após o encontro, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou as derrotas e comemorou as vitórias do Partido dos Trabalhadores, sigla do presidente, e ressaltou o desempenho da “frente ampla” de legendas que apoiam o governo.
“Tem um crescimento muito importante. Só o PT teve um aumento de mais de 40% em relação a prefeituras que se elegem agora, em relação ao que era em 2020. O conjunto de partidos que apoiam o governo, com lideranças, que têm ministros, também tiveram um crescimento expressivo, o que mostra que esse conjunto de partidos tem um enraizamento importante nas eleições municipais”, disse o ministro.
Nestas eleições, o PT passou de 183 para 251 prefeituras conquistadas no primeiro turno, um aumento de 37%. No entanto, não elegeu nenhum nome nas capitais. Além disso, os três candidatos do partido que avançaram para o segundo turno fecharam o domingo em desvantagem.
O pleito ficou marcado pelo avanço de partidos de centro-direita, como o PSD, Republicanos e Avante. O PL, de Jair Bolsonaro, passou de 349 para 509 prefeituras — aumento de 45,8%.
Apesar do cenário, Padilha comemorou a eleição em primeiro turno de nomes fortes de Lula que derrotaram candidatos apoiados pelo ex-presidente Bolsonaro, a exemplo de Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, e João Campos (PSB), em Recife.
“Bolsonaro foi derrotado no seu condomínio, na sua casa, na cidade do Rio de Janeiro, por uma liderança que compõe essa frente ampla e que fez questão, no anúncio da sua vitória, de agradecer o presidente Lula”, destacou.
Segundo turno
Padilha também se mostrou confiante na vitória de candidatos apoiados por Lula no segundo turno. “Sabemos da força dessa extrema direita no país, ninguém nega essa força, ninguém nega a capilaridade nacional dessa força. Agora, acreditamos que no segundo turno, essas lideranças que compõem a frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar as lideranças da extrema direita”.
O ministro também comentou a participação do presidente em agendas de candidatos no segundo turno. No primeiro, o chefe do Executivo teve pouca presença em palanques de aliados. Ele destacou que Lula participará da forma que for possível, levando em consideração os compromissos de governo.