Padilha diz que recepção a Jair Bolsonaro no aeroporto “flopou”
Padilha, ministro das Relações Institucionais, disse que Bolsonaro fugiu do país e chamou o ex-presidente de “líder de pé de barro”
atualizado
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta quinta-feira (30/3), que a recepção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Aeroporto Internacional de Brasília “flopou”.
A declaração foi feita após reunião com líderes partidários, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os políticos discutiram a nova proposta de arcabouço fiscal.
Padilha afirmou que a reunião foi positiva e que a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi bem recebida, inclusive por parlamentares da oposição. “Não é um debate entre governo e oposição. Quem quiser tentar criar um ambiente de conflito que existia no governo anterior vai se dar mal, não vai ter sucesso, vai flopar”, afirmou.
Depois, o ministro citou a recepção a Bolsonaro no aeroporto. “Flopou a recepção no aeroporto hoje do ex-presidente que voltou ao país depois de ter fugido. Flopou, flopou. Mais uma vez, ele demonstrou que é um líder de pé de barro, quando fugiu do país. Fez uma semana inteira de mobilização e flopou, flopou a recepção no aeroporto”, destacou.
Veja:
“Flopou”, diz Alexandre Padilha sobre recepção a Bolsonaro no aeroporto.
Ministro das Relações Institucionais classificou o ex-presidente como “líder de pé de barro”.
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— Metrópoles (@Metropoles) March 30, 2023
Padilha acrescentou que, durante a gestão Bolsonaro, o Palácio do Planalto tinha uma “máquina de fabricação de guerra”.
“Desligamos a máquina que tinha no terceiro andar do Palácio do Planalto do governo anterior de fabricação de guerra, de fabricação de conflito. Quem quiser apostar nisso vai ser mal-sucedido, como foi mal-sucedida a tentativa de recepção. Não vi carro aberto, não vi Corpo de Bombeiros, foi mal-sucedida. Flopou. Quem quer apostar nisso não vai ter diálogo permanente com o nosso país”, concluiu.
Arcabouço fiscal
Fernando Haddad tem participado de uma série de reuniões, ao longo desta semana, para debater sobre o texto da nova regra fiscal com congressistas e membros do governo. Na quarta-feira (29/3), o ministro esteve com líderes partidários e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para apresentar a proposta de arcabouço fiscal.
Nesta quinta, líderes do Senado e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, receberam o texto da reforma. De acordo com Haddad, a avaliação dos congressistas sobre a matéria é “positiva”. O ministro espera enviar o texto ao Congresso Nacional na próxima semana, antes da Páscoa.
Retorno de Bolsonaro
Bolsonaro saiu do Brasil em 30 de dezembro do ano passado, às vésperas da cerimônia de posse de Lula – sem, portanto, passar a faixa presidencial para o sucessor. Ele chegou aos EUA na noite daquela data. Dias antes, havia anunciado que viajaria para Orlando e lá passaria por um “período sabático”, com o fim do mandato.
O ex-chefe do Executivo retornou ao país nesta quinta, com um cenário judicial complexo a encarar. É investigado pelo caso das joias sauditas, por suposta incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro e alvo de 16 ações que podem torná-lo inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).