Paciente de médico preso por estupro está “completamente destruída”
Segundo advogados, a mulher relatou ter se sentido incomodada com a presença do anestesista em diversos momentos
atualizado
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Rio de Janeiro – A mulher do primeiro parto do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar uma grávida, no último domingo (10/7), está “completamente destruída”, afirma sua defesa.
De acordo com os advogados Joabs Sobrinho e José Maria da Silva, a possível vítima relatou ter se sentido incomodada com a presença do anestesista em diversos momentos. “Já fez um outro parto, de seu filho que tem 5 anos, e não foi nada parecido. Ela nem viu o bebê nascer dessa vez”, contam os dois ao Metrópoles.
Ainda segundo os profissionais, a mulher disse que Giovanni exerceu funções que não caberiam a ele durante a cirurgia, como uma higienização íntima após um sangramento.
“Em determinado momento, a roupa caiu, e os seios dela ficaram expostos. Ele ficou encarando, até que um enfermeiro se incomodou, pediu licença ao anestesista e a cobriu”, explicam.
A defesa da mulher alega ainda que Giovanni se apresentou como “Yuri” e que sabia que ela era mãe solo. “Usou da situação para se aproveitar”, afirmam.
Os advogados acreditam que, se a equipe médica tivesse comunicado a suspeita à diretoria do hospital antes de obter o vídeo, sua cliente poderia escapar de um possível estupro.
“Depois que tivemos acesso aos depoimentos, tivemos certeza de que a suspeita começou com ela, por isso filmaram a segunda e a terceira [cirurgias]”, asseguram. O anestesista está preso preventivamente em Bangu 8, na zona oeste do Rio.
Nessa quinta-feira (14/7), o governador Cláudio Castro visitou o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde pelo menos uma mulher foi estuprada durante o parto.
O político anunciou que determinou à Secretaria Estadual de Saúde (SES) a revisão dos protocolos de segurança já existentes em todas as unidades de saúde do estado e se solidarizou com a equipe que participou do parto da vítima.