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Paciente com Covid em UTI permanece 11 dias internado, na média

O tempo médio de internação é um pouco menor quando pacientes com casos graves conseguem se recuperar

atualizado

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Rafaela Felicciano/ Metrópoles
Ocupação UTIs DF
1 de 1 Ocupação UTIs DF - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Os pacientes que são internados em unidades de terapia intensiva (UTI) por causa da Covid-19 permanecem por 11 dias, em média, nesses locais. O número varia a depender do desfecho. Em caso de óbito, a média é de 11,125 dias, e é de 10,33 dias para quem consegue se recuperar.

As informações foram calculadas pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, em cima dos casos registrados em 2021 no Banco de Dados de Síndrome Respiratória Grave, cujo diagnóstico foi definido como Covid-19. Esse repositório é do Ministério da Saúde.

O banco de dados reúne diversas informações sobre os casos de Covid-19 no Brasil, tanto de pessoas que tiveram casos menos graves da doença quanto de situações extremas, nas quais o paciente morre depois de ser internado em uma UTI.

Um dos fatores que influencia o tempo de permanência do paciente em uma UTI é a idade. Quanto maior, mais tempo ele tende a ocupar um leito de atenção máxima. A idade também tem influência direta na letalidade da doença, com infectados mais idosos correndo mais riscos ao pegarem a doença.

“Se o paciente tiver outras comorbidades ou idade avançada, o caso tende a ser muito mais grave e demorar muito mais tempo internado”, explicou o médico e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro.

O gráfico a seguir mostra o tempo médio de permanência em uma UTI de acordo com a faixa etária do paciente.

Apesar de sair da UTI ser o desfecho mais feliz para um paciente infectado com Covid-19, a luta não termina aí. São muitos os casos de sequelas graves e prolongadas causadas pela doença.

“Infelizmente, a cada dia tem mais publicação na literatura de pacientes que estão tendo determinadas patologias que adquiriram pós-Covid. São pacientes com problemas cardíacos, tromboembolismo, com problemas neurológicos. São várias sequelas que essas pessoas podem ter”, aponta Ribeiro.

Devido a isso, o médico frisa a importância de manter o acompanhamento de um profissional de saúde mesmo depois de o indivíduo ter se recuperado da Covid-19. “A Covid é uma doença que, além de ser grave, pode deixar sequelas em muitas pessoas”, concluiu.

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