Pacheco: “Minoria golpista não irá impor vontade por meio da barbárie”
O presidente do Congresso teve que interromper as férias e voltar para Brasília após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes
atualizado
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O Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), condenou nesta terça-feira (10/1) os atos antidemocráticos que tomaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em sessão extraordinária do Senado Federal, Pacheco afirmou que uma “minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie”.
“Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro nem a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos”, disse.
Segundo ele, os atos não se repetirão: “Quero dizer às brasileiras e aos brasileiros, aqueles que respeitam as instituições e que sabem o real valor de se viver em democracia, que o que assistimos domingo não irá se repetir. O Brasil não vai ceder diante de golpismos. A democracia prevalecerá”.
Em plenário, o presidente do Senado foi aplaudido de pé pelos parlamentares presentes.
O parlamentar teve de interromper o período de recesso legislativo para votar o decreto que prevê interferência militar na segurança do Distrito Federal. O documento foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesse domingo (8/1) após atos terroristas na Praça dos Três Poderes. Os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto foram depredados.
Lira também repudia
Em sessão da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) também condenou os ataques. Segundo ele, ninguém “se sente representado pelos atos”.
“A profanação do templo da democracia e o inaceitável vandalismo que aconteceram ontem na Praça dos Três Poderes são condenáveis sob todos os pontos de vista e merecem uma apuração rigorosa. As punições devem vir pelas mãos da Justiça com uma dosimetria que considere não só os danos ao patrimônio público, como o simbolismo de um atentado simultâneo aos palácios que representam os poderes da nossa República”, disse.“O povo quer respeito à ordem, às instituições e ao patrimônio público. A maior resposta que podemos dar agora é mais democracia”, completou.
Atos antidemocráticos
O grupo chegou às sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário depois de deixar o Quartel General do Exército e marchar pela Esplanada dos Ministérios.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) disparou bombas de gás para conter os manifestantes, que ocuparam as cúpulas do Congresso e invadiram áreas internas do prédio. No Palácio do Planalto, os grupos quebraram vidraças e invadiram a rampa de acesso ao prédio, além de depredar móveis e artigos de escritório.