Pacheco: CPI não pode atrapalhar pautas como arcabouço e reforma tributária
Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, afirmou que Comissão Parlamentar Mista de Inquérito deve ser instalada na próxima semana
atualizado
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O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quarta-feira (26/4), que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos de 8 de janeiro não deve ofuscar pautas importantes para o “crescimento do país”.
Em conversa com jornalistas nesta quarta, Pacheco afirmou que, mesmo com a instalação da CPMI, terá como foco projetos como o novo arcabouço fiscal e a reforma da previdência, além de medidas provisórias enviadas pelo Executivo.
“Nossa preocupação é com a pauta e a agenda do país. Não que a CPMI não seja importante, mas meu foco é a aprovação das medidas legislativas que possam permitir o crescimento do Brasil. Nós temos a votação do projeto de lei complementar (PLP) do arcabouço fiscal, o desafio da reforma tributária, das medidas provisórias que serão apreciadas pelo Congresso Nacional”, afirmou.
O presidente também disse esperar que a CPMI não influencie em uma possível polarização das pautas econômicas que tramitam no Congresso. “Essa agenda do Brasil tem que estar apartada da divisão dessa agenda de polêmica, que é própria da política, mas há uma agenda que nos une”, pontuou.
Composição
Pacheco afirmou que espera analisar a questão de ordem apresentada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) ainda nesta semana. O líder da oposição questionou o presidente sobre a manobra feita pelo governo para garantir mais uma vaga na composição do colegiado.
De acordo com Marinho, a oposição só indicará líderes após a apreciação da questão de ordem. Pacheco pontuou que analisará o questionamento e espera que a CPMI seja instalada na próxima semana, após o feriado de 1º de maio.
A conquista de mais espaço ocorreu após o líder do governo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mudar de bloco partidário. Ele integrava o bloco Democracia, que conta com as siglas, PSD, Podemos, MDB, União e PDT.
Agora, Randolfe faz parte do bloco Resistência Democrática, que tem parlamentares do PT, PSB e PSD. Com a mudança, a composição no Sendo ficará da seguinte forma:
- Bloco Resistência (PT, PSB, PSD, Rede): 6 vagas;
- Bloco Vanguarda (PL, Novo): 2 vagas;
- Bloco Aliança: (PP, Republicanos): 2 vagas;
- Bloco Democracia (PDT, MDB. PSDB, Podemos, Rede, União): 6 vagas.
Na Câmara, a maior parte da comissão será integrada por parlamentares do superbloco de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. A indicação dos integrantes será feita pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do bloco.
- Bloco União, PP, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, Solidariedade, Patriota: 5 vagas;
- Bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos, PSC: 4 vagas;
- PL: 3 vagas;
- PT: 2 vagas;
- PSol/Rede: 1 vaga;
- Novo: rodízio.