Ouça áudio de jovem enviado à mãe antes de ser morta
Em áudio enviado à mãe, Ariane relatou convite de amigas para sair e lanchar. No entanto, não passava de emboscada para matá-la
atualizado
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Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de apenas 18 anos, foi vítima de um plano dos próprios amigos para assassiná-la em agosto de 2021, em Goiânia (GO). Segundo investigações, o assassinato foi arquitetado para testar se uma das envolvidas seria “psicopata”. Nesta terça-feira (29/8), dois dos acusados foram condenados pelo crime.
Durante as investigações, vieram à tona as mensagens trocadas entre Ariane e a mãe, momentos antes de ser morte. Em um áudio, ela relata, bastante alegre, ter sido convidada pelos amigos para comer um lanche.
“As meninas me chamaram para comer lá no [setor] Jaó. Vão pagar a ‘broca’ hoje, aí eu estou indo. Elas vão me buscar de carro, mãe. Aí eu vou, né?! Vai pagar comida, vai me buscar de carro e me deixar em casa, sou besta!?”, disse um sorridente Ariane.
Ela, porém, acabou morta a facadas e esganada dentro do veículo, em Goiânia (GO). O corpo da jovem foi encontrado dias depois, em uma área de mata fechada no Setor Jaó, bairro nobre da capital goiana.
Ouça o áudio enviado por Ariane:
Durante o júri, nesta terça (29/8), tanto Jeferson Cavalcante quanto Raissa Nunes confessaram o crime e acabaram condenados por homicídio e ocultação de cadáver, mas absolvidos do crime de corrupção de menor. Jeferson pegou 14 anos e 10 dias multa, enquanto Raissa cumprirá 15 anos e 10 dias multa.
Além deles, a denúncia aponta a participação de Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya, já condenado a 15 anos de prisão, e de uma adolescente.
Relembre o crime
O assassinato teria sido cometido em 24 de agosto de 2021 para testar a psicopatia de Raissa Nunes Borges, à época com 19 anos. Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate. O grupo queria saber se Raissa sentiria algum tipo de arrependimento após o crime.
Ariane foi atraída por eles ao ser convidada para tomar um lanche. Ela chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descreve o delegado que investigou o caso.
Os acusados a buscaram de carro e, assim que ela entrou no veículo, deram início ao plano de assassinato. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência.
Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.
A vítima foi estrangulada e desmaiou. Em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
O corpo de Ariane foi encontrado em 31 de agosto, sete dias após ela ser considerada desaparecida.