Ossada achada em fazenda é de jovem dada como desaparecida pelo marido
Marido é o principal suspeito da morte da jovem. Ossada foi encontrada enterrada em uma fazenda em Orizona, no sul goiano
atualizado
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Goiânia – A ossada encontrada enterrada em uma fazenda de Orizona, no sul goiano, é da jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, que foi dada como desaparecida pelo companheiro, Paulo Antônio Herberto Bianchini, de 34 anos. A confirmação foi feita por meio de laudo da perícia.
As investigações indicaram que Dayara esteve com Paulo na fazenda entre o final de fevereiro e 10 de março. Ele está preso desde 1º de julho, como o principal suspeito do crime.
O advogado de Paulo Bianchini disse que apresentou seu cliente na delegacia de Vianópolis (GO), em 1º de julho, para colaborar com a Justiça. A defesa afirmou que rechaçará o que chamou de “incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima”.
Vítima homenageada
Daniela da Cruz, irmã da vítima, disse que a família viajou de Mato Grosso a Goiás para prestar homenagens no local onde os ossos foram encontrados, em 6 de julho..
Segundo ela, durante a ida até a fazenda, a família acendeu velas e rezou. “Hoje, dentre todo esse tempo, foi o único dia que vi meu pai chorando. Fomos onde ela estava, acendemos velas para ela e rezamos um terço”, contou a irmã ao g1.
“É muito triste, ela estava em um lugar no meio do nada. É desumano”, completou Daniela da Cruz.
Dada como desaparecida
Dayara da Cruz teria sumido no 10 de março deste ano, em Orizona. Segundo a polícia, o próprio suspeito registrou o desaparecimento dela no dia 25 do mesmo mês. Conforme o delegado Kennet Carvalho, que investiga o caso, foram constatadas contradições no depoimento dele e, por isso, a polícia passou a considerá-lo suspeito de ter matado a mulher, ocultado o corpo dela e registrado o desaparecimento.
Em razão das suspeitas, a polícia tentou cumprir mandados busca e apreensão, além de prisão do suspeito no dia 24 de junho. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás. Em 1º de julho, o suspeito se entregou.
A irmã da vítima contou que, inicialmente, Paulo disse aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas posteriormente alterou sua versão diversas vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. Quando questionado pela família, o homem chegou a parar de responder e bloqueou o contato da mãe e da irmã de Dayara.
Segundo a irmã da jovem, Paulo era ciumento e violento durante o relacionamento. De acordo com ela, os dois chegaram a terminar no final de 2023, mas reataram no início deste ano.