Orixás, retirado na gestão Bolsonaro, volta ao salão nobre do Planalto
A obra Orixás, de Djanira da Motta e Silva, havia sido retirada do salão nobre do Planalto em 2019 e retornou ao local nesta terça (26/3)
atualizado
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A tela Orixás, da pintora Djanira da Motta e Silva, voltou ao Salão Nobre do Palácio do Planalto nesta terça-feira (26/3). A obra, que retrata três divindades de religiões de matriz africana, havia sido retirada do local durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
No início do governo Lula, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, anunciou a volta da tela ao lugar de destaque no edifício. Janja também afirmou que a pintura havia sido danificada.
Após passar por restauração, a obra foi exposta na mostra “Brasil futuro: as formas da democracia”, no Museu Nacional da República, em Brasília. Além disso, o quadro passou por exposições em Salvador, Belém e no Rio de Janeiro.
Veja imagens da obra no Planalto:
Conheça a obra
Criada nos anos 1960, a tela retrata três entidades divinas de religiões de matriz africana: Iansã, Oxum e Nanã. A obra tem 3,61 metros de largura por 1,12 de altura.
Nas obras de Djanira da Motta e Silva, que morreu em 1979, eram frequentes as representações de festas folclóricas, religiões, cotidiano de trabalhadores, como tecelões, colhedores de cafés, vaqueiros, entre outros.
Entre suas obras estão as telas Candomblé, Três Orixás, Pescadores e Festa Popular.