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Órgãos com HIV: ministra da saúde anuncia auditoria no laboratório

Ministra da Saúde afirmou que objetivo é aprimorar processos e que reestruturação da portaria que trata de transplantes está em vista

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Montagem/ Rafaela Felicciano/ PCS Lab/ Metrópoles
Montagem com fotos coloridas de fachada de laboratório e mulher em laboratório - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas de fachada de laboratório e mulher em laboratório - Metrópoles - Foto: Montagem/ Rafaela Felicciano/ PCS Lab/ Metrópoles

O Ministério da Saúde (MS) afirmou que vai fazer uma auditoria em todos os processos relacionados ao laboratório PCS Lab Saleme, que é investigado por liberar órgãos contaminados com o vírus HIV para pacientes que fizeram transplantes. A pasta também deve revisar a portaria que trata do tema, que tem 14 anos de existência.

A suspeita da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCeRJ) é que o PCS Lab Saleme esteja envolvido em um suposto esquema criminoso para forjar laudos. O laboratório já era investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), mas o caso está em sigilo.

As duas informações partiram da titular do Ministério da Saúde, Nísia Trindade, que acrescentou que o objetivo das medidas é o aprimoramento dos processos. “Sempre foram muito rígidos os exames que tinham que ser feitos e tudo mais, mas nós queremos avançar nos testes, na arte, em toda rede, queremos avançar nos instrumentos para aperfeiçoamento.”

A ministra acrescentou que a pasta já trabalhava na necessidade de revisão da portaria sobre transplantes de órgãos. “O mais é fazer uma profunda investigação desse fato lamentável no Rio. Quero dizer que não é a portaria que vai resolver as questões, mas nós já estávamos atualizando porque é uma política de 14 anos”, afirmou.

Sobre as pessoas que foram contaminadas pelo vírus após receber o órgão contaminado, Trindade afirmou que o ministério presta assistência a elas. “Na questão do Rio, nós estamos trabalhando com cuidado com as pessoas que infelizmente passaram por esse processo inadmissível de receber um órgão, a infecção por HIV.”

As falhas no controle dos órgãos, que são atribuídas ao laboratório pelos investigadores, foram descobertas no dia 10 de setembro. Naquele momento, um paciente transplantado apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV depois de procurar uma unidade de saúde.

Como o paciente não possuía o vírus antes do transplante, amostras dos demais órgãos doados pela mesma pessoa foram analisadas. Os resultados revelaram outros dois casos. Há uma semana, mais um receptor de órgãos testou positivo para HIV. Ao todo, são seis casos investigados.

Os proprietários do laboratório, que é de Nova Iguaçu, negam irregularidades nos processos do estabelecimento que prestava serviço ao setor público.

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