Organizações de HIV/Aids pedirão a Lula que reveja cortes na Saúde
Orçamento do ano que vem prevê um corte de R$ 3,3 bilhões nos recursos do Ministério da Saúde. Medida afeta programas de tratamento da Aids
atualizado
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Organizações e ativistas da causa de HIV/Aids vão se reunir para pedir a derrubada do corte de R$ 3,3 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde em 2023 à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O corte afeta 12 programas da pasta, entre eles o que distribui medicamentos para tratamento de Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. A perda estimada para a área é R$ 407 milhões em comparação com o orçamento de 2022.
O encontro será no próximo dia 22, em São Paulo, e é coordenado pelo Fundo Positivo, organização que atua na mobilização de recursos para instituições da causa de HIV/Aids.
“É importante que a sociedade civil, que vai se reunir em São Paulo, produza um documento trazendo as orientações propositivas de como rever esses cortes, para que não haja retrocesso, para que não haja uma piora no atendimento às pessoas vivendo com HIV e nas políticas de prevenção”, afirma Harley Henriques, coordenador-geral do Fundo Positivo.
“Essa carta é uma perspectiva de que a sociedade civil possa continuar o seu papel de contribuir de uma forma colaborativa com o governo para uma política eficaz de combate ao HIV/Aids”, ressalta.