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Orçamento secreto: R$ 19 bi serão divididos entre governo e Congresso

Mudança ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o orçamento secreto inconstitucional. Verbas previstas serão realocadas.

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1 de 1 Imagem colorida mostra senador Marcelo Castro - Metrópoles - Foto: Pedro França/Agência Senado

Após horas de negociação entre lideranças partidárias na manhã desta terça-feira (20/12), o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento 2023, informou que os R$ 19,4 bilhões em verbas de emenda de relator (RP9), chamadas de orçamento secreto, serão divididas igualmente entre o novo governo e os parlamentares.

A mudança ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o mecanismo inconstitucional. O valor será realocado para emendas individuais impositivas (RP6) e para controle do Poder Executivo (RP2) a partir do próximo ano.

Segundo Castro, o detalhamento sobre a realocação das emendas impositivas será descrito no novo texto da PEC da Transição, que deve ser apresentado ainda nesta terça-feira à Câmara dos Deputados. Além disso, de acordo com o senador, as RP6 serão divididas de forma linear entre Câmara dos Deputados e Senado Federal.

 “A PEC terá um artigo novo dizendo que R$ 9,7 bilhões, a metade do RP9, que são R$ 19,4 bilhões, serão transformados em emendas individuais impositivas, RP6. A outra metade, os outros R$ 9,7 bilhões, será em RP2, para as áreas que o governo federal julgar conveniente. A emenda impositiva tem que ser uma emenda constitucional”, explicou Castro na manhã desta terça.

Derrubada do orçamento secreto

A Corte bateu o martelo sobre a inconstitucionalidade das emendas de relator nessa segunda (19/12). O placar foi de 6 a 5 pela derrubada. O julgamento teve início na quarta-feira da semana passada, 14 de dezembro.

A decisão dos ministros ocorreu após esforço do Congresso Nacional para aprovar, repentinamente, novas regras para a distribuição de recursos das emendas de relator. A proposta era uma tentativa de manter o sistema.

Os parlamentares editaram o que chamaram de “regras de transparência”, mas o STF votou contra as emendas de relator em si. O texto aprovado pelos parlamentares previa a divisão proporcional da verba, sendo:

  • 5% para indicação do relator-geral e do presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO);
  • 7,5% para indicações da Mesa do Senado;
  • 7,5% para indicações da Mesa da Câmara; e
  • 80% para bancadas partidárias, de forma proporcional.

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