metropoles.com

Oposição articula manutenção de veto à criminalização de fake news

Sessão do Congresso acontece nesta terça-feira (28/5) e deverá analisar vetos presidenciais da gestão Bolsonaro e Lula

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
Jair e Flavio Bolsonaro
1 de 1 Jair e Flavio Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se articulado para a manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Lei 14.197/21, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional. O trecho cortado pela gestão passada tipifica como crime a comunicação enganosa em massa, conhecida como fake news, com pena de até cinco anos de reclusão.

A sessão do Congresso Nacional está marcada para terça-feira (28/5), quando deputados e senadores deverão analisar os vetos presidenciais de Lula e Bolsonaro.

O veto de Bolsonaro estava na pauta da última sessão do Congresso, em 9 de maio, mas após pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), líder da minoria no Congresso, o tema ficou para esta terça.

A oposição tem movimentado as bancadas e também os apoiadores por meio das redes sociais. Além de Flávio Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) têm manifestado apoio a manutenção do veto do ex-presidente no texto que torna crime a divulgação de informações falsas.

“A base do governo Lula no Congresso vai mais uma vez tentar criar o crime de fake news, com punição de cadeia de até cinco anos. E fica sempre a dúvida, quem define o que é fake news?”, indagou o senador Flávio Bolsonaro.

No veto presidencial, Bolsonaro justificou que o texto não deixa claro qual conduta seria objeto da criminalização, se o de gerar a notícia ou de compartilhar. “Bem como enseja dúvida se o crime seria continuado ou permanente, ou mesmo se haveria um ‘tribunal da verdade’ para definir o que viria a ser entendido por inverídico a ponto de constituir um crime punível pelo Código Penal, o que acaba por provocar enorme insegurança jurídica”, diz a justificativa do veto.

Além disso, o ex-presidente alega que “a redação genérica tem o efeito de afastar o eleitor do debate político”.

O argumento da oposição para manutenção do veto de Bolsonaro é de que não está especificado quem iria determinar o que é a comunicação enganosa. Pelo texto aprovado no Legislativo, os órgãos legitimamente constituídos ou do Ministério Público ficaram responsáveis por essa análise.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?