“Oportunista”, diz Amoêdo sobre apoio do Novo a candidatos do PT
João Amoêdo teve a filiação do Novo suspensa após declarar voto do segundo turno no então candidato Lula, contra Jair Bolsonaro
atualizado
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O administrador João Amoêdo, um dos fundadores do Novo, declarou que o apoio da sigla a candidaturas do Partido dos Trabalhadores (PT) é “oportunista”. O político utilizou as redes sociais para criticar a atual gestão da sigla.
João Amoêdo teve a sua filiação do Novo suspensa depois de declarar apoio ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022. Na ocasião, o petista disputou o Palácio do Planalto com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Em 2022, pediram minha expulsão do Novo quando declarei voto no 2º turno contra Bolsonaro. Agora, o partido faz coligação com o PT e outras legendas de esquerda. Esse é o novo Novo. Nem liberal e nem bolsonorarista. Apenas oportunista”, disse Amoêdo.
Nas publicações, Amoêdo divulgou possíveis apoio do Novo em Lavras da Mangabeira, no Ceará, e Chapadinha, no Maranhão.
“Os prints que circulam sobre uma suposta coligação do Novo com o PT em Lavras da Mangabeira, no Ceará, não são oficiais. Sequer haverá candidatos do Novo nessa cidade. Não houve nem convocação de uma convenção municipal para deliberar candidaturas, muito menos coligações, e a Comissão Provisória foi destituída”, informou o Novo em nota.
Depois de deixar a sigla, João Amoêdo tem realizado duras críticas à atual gestão do Novo, atualmente presidido por Eduardo Ribeiro.
Confira a nota completa:
Em abril de 2024, o Novo foi o único partido de direita a aprovar uma diretriz publicada no Diário Oficial da União (DOU), que proíbe coligações com partidos de esquerda como PT, PCdoB, PV, e a federação PSOL-REDE.
Os prints que circulam sobre uma suposta coligação do Novo com o PT em Lavras da Mangabeira, no Ceará, não são oficiais. Sequer haverá candidatos do Novo nessa cidade, não houve nem convocação de uma convenção municipal para deliberar candidaturas, muito menos coligações, e a Comissão Provisória foi destituída.
O partido Novo repudia a utilização indevida do nome da instituição em material gráfico e destaca que seu departamento jurídico já foi acionado para restabelecer a verdade.
Para o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, comentários desnecessários só fazem lembrar a força que o Novo tem e o tanto que o partido voltou a crescer. “Somos o partido que mais faz oposição no Congresso Nacional. Temos firmeza e convicção nas bandeiras que defendemos. E vamos seguir em frente lutando contra os retrocessos do PT”, declarou Ribeiro.
De acordo com os dados registrados no TSE, proporcionalmente, o Novo foi o partido que mais cresceu no Brasil no último ano. Em janeiro de 2023 o Novo tinha 31.214 filiados e fechou o ano com 41.604 filiados. De janeiro a junho de 2024, o partido registrou outro aumento significativo em sua base de filiações com a adesão de 19.582 novos membros. Em junho de 2024, o Novo contabilizou em suas bases um total de 62.505 correligionários.
Além disso, o partido está ampliando seus diretórios em todo o país, com presença em mais de 600 municípios. Esse crescimento reflete as mudanças implementadas pela atual gestão, liderada por Eduardo Ribeiro, e indica uma preparação intensa para as eleições de 2024.
Para Eduardo Ribeiro, o Novo perdeu a chance de expandir em 2020, segundo ele, por um erro de estratégia do antigo Diretório Nacional liderado por João Amoêdo, que na época restringiu consideravelmente o número de cidades com diretórios locais. “Agora, o Novo já está em mais de 600 municípios espalhados pelo Brasil, com quase 8 mil candidatos aptos para as eleições de 2024”, destacou Ribeiro.