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Operadores investigados na Lava Jato já estão presos em Brasília

Jorge Luz e seu filho Bruno Luz vão responder por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Dupla foi presa em Miami (EUA)

atualizado

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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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1 de 1 jorge luz bruno luz blackout - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Os dois operadores financeiros alvos da 38ª fase Operação Lava Jato, batizada de Blackout, desembarcaram na manhã deste sábado (25/2) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Jorge Luz e seu filho Bruno Luz tiveram a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (23/2), mas estavam em Miami, nos Estados Unidos, onde foram capturados pela polícia de imigração americana.

Após o desembarque, a dupla foi conduzida, imediatamente, pela Polícia Federal (PF), ao Instituto Médico-Legal (IML) para exame de corpo de delito e, em seguida, para a carceragem da Superintendência da PF, na capital federal. Pai e filho serão transferidos para Curitiba, sede da força-tarefa da Lava Jato, na quinta-feira (2/3), e vão responder por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a atuação de Jorge e Bruno na Petrobras teria resultado no pagamento de R$ 40 milhões em propina ao longo de 10 anos, especialmente na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, de sua participação acionária na Transener (maior companhia de transmissão de energia elétrica da Argentina) para a empresa Eletroengenharia.

De acordo com a investigação, a maior parte da propina era repassada aos membros da Diretoria Internacional da Petrobras, enquanto o restante era destinado a agentes políticos. O procurador da República Diogo Castor de Mattos afirmou que esses políticos gozam atualmente de foro privilegiado, principalmente senadores.

Os integrantes da força-tarefa do MPF disseram ainda que Jorge e Bruno atuavam na Diretoria Internacional da Petrobras, área de indicação política do PMDB. Eles também agiam esporadicamente na Diretoria de Abastecimento e na Diretoria de Serviços da estatal, áreas de influência do PP e do PT, respectivamente.

Na quinta-feira (23), o PMDB publicou nota afirmando que os operadores financeiros “não têm relação com o partido e nunca foram autorizados” a falar em nome da sigla. O PP e o PT não se manifestaram sobre o assunto.

A Petrobras disse, em nota, que “segue colaborando com as autoridades” para buscar o ressarcimento dos prejuízos causados à companhia. A estatal ressaltou, ainda, que as autoridades “reconhecem que a Petrobras é vítima de todos os fatos revelados por esta investigação”.

A operação foi batizada de Blackout em referência ao sobrenome dos investigados.

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