Operador de Sérgio Cabral (MDB-RJ), Carlos Miranda é solto no Rio
Braço direito do ex-governador, economista deixou o presídio de Benfica por volta das 12h deste domingo (18/11)
atualizado
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O economista Carlos Miranda, apontado pela Justiça como operador de propinas do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), foi liberado da prisão neste domingo (18/11). Ele deixou o presídio de Benfica por volta das 12h e foi para sua residência, onde vai cumprir regime domiciliar.
Preso há dois anos, ele seguiu para o cumprimento de regime domiciliar após ter a delação premiada homologada em dezembro de 2017. A saída de Miranda era aguardada desde sexta-feira (16), mas problemas com a documentação atrasaram a soltura.
Miranda é considerado o “braço direito” de Cabral. A pena imposta inicialmente era de 80 anos, mas foi reduzida a 20 e ele terá que cumprir sete. O condenado terá de utilizar tornozeleira eletrônica e pagar multa de R$ 4 milhões à Justiça.
Em 2016, Miranda foi detido na Operação Calicute, juntamente do ex-governador Cabral. Em abril do ano passado, o operador do ex-chefe de estado do Rio de Janeiro fechou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Este acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2017.
Na delação premiada, ele acusou o atual chefe do Executivo, Luiz Fernando Pezão (MDB), de receber mesada de R$ 150 mil enquanto o medebista ocupou a função de vice. Já em trechos de depoimento divulgados em junho pela TV Globo, Miranda informou ter recebido em 2012 ordem de Wilson Carlos, então secretário de governo da gestão de Cabral, para pagar mensalidades de R$ 100 mil ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). O intermediário seria Carlos Lupi, presidente nacional da legenda desde 2004.
Parte dos depoimentos de Miranda foram colhidos nos últimos anos pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.