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Operador credenciado alterou dados de Atila Iamarino no ConecteSUS

Mudanças foram feitas por quem incluiu dados de vacinação no sistema de saúde no momento da imunização do pesquisador

atualizado

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1 de 1 atila3 - Foto: Reprodução/Twitter

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (10/11), que a alteração dos dados pessoais do biólogo e divulgador científico Atila Iamarino no aplicativo ConecteSUS foi realizada por um operador credenciado.

Ou seja, por um dos responsáveis por incluir as informações no sistema do Ministério da Saúde, no momento em que a vacina contra a Covid-19 foi aplicada no pesquisador, em uma das 38 mil salas de vacinação do Brasil.

A alteração de dados foi denunciada por Atila na noite de terça-feira (9/11), nas redes sociais. O pesquisador disse que o nome completo, nome da mãe e nacionalidade foram trocadas no Certificado Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

Veja o post:

Não é servidor

De acordo com o Ministério da Saúde, o operador credenciado responsável pela alteração não é servidor do órgão federal, mas atua diretamente na rede de saúde estadual ou municipal em que o imunizante foi aplicado. O funcionário já bloqueado do sistema, informou a pasta.

Metrópoles questionou a pasta sobre a quantidade de operadores credenciados que já foram bloqueados do sistema por alterar cadastros de pacientes. No entanto, o ministério esclareceu que ainda não tem o dado.

O órgão também não informou se haverá alguma punição ou denúncia policial aos operadores credenciados responsáveis pelas alterações.

Segundo o ministério, a orientação para pessoas que tiverem problemas com informações inseridas no ConecteSUS é procurar a ouvidoria do órgão, por meio do telefone 136.

“O ministério reforça que está atuando para restaurar os cadastros e bloquear os operadores responsáveis pelas alterações indevidas”, informou o órgão, em nota.

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Aplicativo ConecteSUS
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O biólogo Atila Iamarino

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Aplicativo ConecteSUS

ConecteSUS/Reprodução
Outros casos

Com a invasão, Iamarino se junta a um grupo de pessoas – invariavelmente críticos do governo Bolsonaro – que tiveram seus dados alterados no mesmo sistema.

Em julho deste ano, o ex-candidato a presidente do Brasil e a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol), teve o cadastro alterado e o nome de seus pais mudados por ofensas e xingamentos. Na época, o Ministério da Saúde admitiu que a alteração foi feita por um servidor credenciado para utilizar o sistema.

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, constava como morta no sistema do governo federal e enfrentou dificuldades para receber a segunda dose do imunizante. A Polícia Federal chegou a abrir inquérito para investigar o caso.

Em outubro, os youtubers Felipe Neto, Felipe Castanhari e Nyvi Estephan relataram problemas parecidos. Mais uma vez, o Ministério da Saúde admitiu que as mudanças tinha sido feitas por pessoas com acesso formal ao sistema, mas não deu detalhes sobre punições ou investigações.

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