Operação tenta descobrir origem de R$ 1 milhão em carro abandonado
Polícia do Maranhão cumpriu mandados de busca e apreensão contra o suposto motorista e contra o dono do Renault Clio encontrado em São Luís
atualizado
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A Polícia Civil do Maranhão deflagrou nesta terça-feira (6/8) uma operação contra as pessoas ligadas ao Renault Clio abandonado em São Luís e que tinha mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo no porta-malas.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça com o intuito de descobrir a possível origem do dinheiro e qual o caminho que ele teria percorrido até que fosse encontrado.
O carro foi localizado no dia 30 de julho, no bairro Renascença. O Renault Clio estava parado no local havia duas semanas e gerou estranhamento nos moradores da região.
Alvos de busca e apreensão
Duas pessoas ligadas ao veículo foram alvos de busca e apreensão nesta terça. Primeiro, a polícia esteve em um apartamento localizado no bairro Parque Shalom, que é onde vive Guilherme Ferreira Teixeira, o suposto motorista do carro e quem o teria abandonado.
A polícia esteve, também, na residência de Carlos Augusto Diniz da Costa, que se apresentou como suposto dono do automóvel no dia em que a polícia fez a apreensão do valor.
Guilherme, o motorista, é ex-assessor especial da Secretaria Municipal de Governo e foi assessor técnico do deputado estadual Fernando Braide. Ele disse, inclusive, que o apartamento onde vive já pertenceu ao pai do atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide, o ex-deputado estadual Carlos Braide.
Diante dessa informação, a polícia deseja, agora, descobrir como ocorreu a transferência do imóvel, se ele foi vendido ou apenas repassado.
Já Carlos Augusto, o suposto dono do carro, era funcionário comissionado da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit). Ele foi exonerado logo após a repercussão do caso. Segundo a polícia, no entanto, o carro não está registrado no nome dele.
Suspeita sobre o local onde foi deixado o carro
A polícia maranhense tenta, ainda, descobrir porque o Renault Clio foi deixado em frente ao condomínio que fica na Rua das Andirobas, no bairro Renascença. O local levantou algumas suspeitas da investigação.
O carro foi colocado praticamente em frente à casa número 20, cujo endereço está registrado como sendo a empresa “Café e Cia”. A polícia revelou que, apesar desse nome fantasia, o empreendimento seria de serviços hospitalares e pertencente a Clarice Sereno Loiola Braide.
Clarice é cunhada do prefeito Eduardo Braide e esposa do irmão dele, Antônio Braide.